A polícia assassinou mais um jovem morador da periferia paulistana, desta vez a vítima foi Kelri Antonio Claro um rapaz de 23 que trabalhava como balconista que havia saído para curtir a noite em um baile funk. Aconteceu na zona leste paulistana, na madrugada do último domingo (9), de maneira parecida com a chacina em Paraisópolis.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e a própria PM, os oficiais que estavam fazendo uma operação para a apreensão de veículos irregulares supostamente receberam queixas via 190 do barulho produzido pela festa, bastou para a polícia chegar “dispersando”, atirando bombas.
A confusão provocada pelas bombas transformou o baile em um “salve-se quem puder”, como era intuito da polícia, que aproveitou a confusão para disparar ao menos duas vezes em direção a uma viela para onde a maioria havia corrido. Os disparos atingiram o jovem Kelri matando-o um pouco mais tarde.
Quem prestou socorro foi seu irmão que recusou a ajuda dos polícias, certamente temendo que esses terminassem o serviço ali mesmo como de costume. A vítima foi levada até a UPA 29 de Agosto mas faleceu logo em seguida.
A própria polícia relata que logo após o uso das bombas ocorreu “um grande tumulto e correria entre os frequentadores.”, faz parte da política de” disperssão que nada mais é do que uma prática ditatorial. A intenção é de matar e provocar o terror na população mais pobre, deixando implícito as relações de força e a capacidade da polícia de agir de maneira truculenta. Um recado deixado: a diversão é proibida para os mais pobres ainda mais se estiverem em grupo, e qualquer reação será impiedosamente reprimida.
A pretexto de uma simples queixa contra o barulho de festa em pleno final de semana, a Pm executou – mais uma vez – a politica oficial de ataque contra os bailes funks e as comunidades operárias, uma “queixa” teria sido o suficiente para a polícia chegar jogando bombas e disparando contra a população, essa é a política da direita para as cidades brasileiras realizada pelos tucanos e outros governos direitistas há anos.
A Polícia afirma que “acompanhará as investigações do caso” e que instaurou um inquérito… sabe-se onde isso vai dar.