Da redação – A 4.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) tomou uma decisão tipicamente criminosa nesta terça-feira, 27, ao manter a anulação dos julgamentos do massacre do Carandiru. Assim, os 74 policiais militares assassinos, condenados pela morte de 111 presos, ocorridas após uma rebelião em outubro de 1992, devem passar, de novo, por júri popular. Vale lembrar primeiramente, que, embora os policiais tenham sido condenados na ocasião, nunca chegaram a ser presos, demonstrando o caráter genocida da justiça burguesa.
Como a extrema-direita vem demonstrando nas declarações de seus eleitos pela fraude, esses fascistas pretendem legalizar ainda mais o massacre do povo pobre e negro. A família Bolsonaro, os grupos como MBL, o juiz Witzel no Rio de Janeiro, demonstram a vontade da direita: “metralhar a petralhada”, a favela e não julgar mais ninguém, pois agora a PM vai ter respaldo pra matar.
Sobre o processo, desta vez, serão cinco desembargadores do TJ-SP que vão analisar os embargos infringentes e de nulidade, sendo quatro destes magistrados os que votaram a favor de anular os júris do Carandiru, realizados entre 2013 e 2014.
A defesa pediu que os policiais fossem absolvidos em segunda instância. A mesma que condenou sem provas Lula e que está prendendo líderes da esquerda sem respeitar o trânsito em julgado.
Embora aceitasse parte da tese dos defensores, a maioria dos magistrados, no entanto, entendeu que os PMs deveriam passar por novo júri, ainda sem data para acontecer. Os desembargadores argumentam, cinicamente, que o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), responsável pela acusação, não conseguiu apontar individualmente a conduta dos réus. Para esclarecer o que isso significa, eles deveriam estar lá dentro na hora do massacre, então, não viram em quem cada policial atirou, quantas vezes, não viram as torturas e nada do que os “anjinhos” realizaram na barbárie típica da organização serviçal da burguesia.
É um total absurdo. A decisão veio, como sempre, da burguesia, do governo, que é inimigo e mata milhares de trabalhadores todos os dias nos bairros mais pobres de São Paulo. Quem comanda o estado sempre foi uma direita completamente fascista, o PSDB, são os golpistas que agora, com a vitória da extrema-direita, se sentem ainda mais à vontade para passar por cima da lei. E afirmando isso pois fazem décadas que os tucanos vêm jogando bomba em professores, desviando dinheiro do metrô, roubando merenda, sendo denunciados em todas as áreas públicas em suas gestões, mas, como neste caso, não são investigados. Os assassinos do Carandiru nem presos foram, mas a extrema-direita já prepara a caça à esquerda sem provas.
Segue a Coluna do companheiro Juliano Lopes, do Coletivo João Cândido que agrupa os negros do PCO: