Da redação – Na última sexta-feira (29), um professor de história de 29 anos foi agredido e arrastado pelo pé por dois Policiais Militares, que invadiram a Escola Estadual Lourdes de Carvalho, no bairro Alvorada, em Uberlândia, Minas Gerais.
O professor foi defender dois jovens que estavam sendo revistados pelos policiais. A PM estava fazendo uma investigação pela região quando avistou um jovem de bicicleta com “atitudes suspeitas” entrando na escola.
Os PM invadiram a escola e abordaram dois estudantes. O professor se colocou contra a ação e interferiu questionando os policiais. A PM então decidiu revistar o professor também, que foi jogado no chão e arrastado pelos pés.
Os PM revistaram sua mochila e seu carro. O professor tentou sair das brutalidades dos PM e fugiu, com o apoio dos estudantes que hostilizaram a polícia e tentaram ajudar ele a fugir.
A PM usou spray de pimenta contra os estudantes e as pessoas que estavam em volta dos acontecimentos.
O professor foi levado preso por desacato e só pode sair na segunda-feira (01/04).
Um professora da escola denunciou a ação da PM: “Entrariam em uma escola de ricos e arrastariam um professor? A direção seria ouvida?”, e “a pobreza é criminalizada”.
Fica então claro que a política da extrema-direita de colocar PM nas escolas não tem nada a ver com combater a criminalidade, mas sim reprimir os estudantes e professores.