Mais de 200 ativistas e dirigentes do movimento de luta pela liberdade de Lula, participaram nesse sábado, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, no bairro da Liberdade, da II Plenária Nacional Lula Livre.
Diferentemente, do primeiro encontro, realizado em junho, que contou com mais de 1200 participantes, a executiva do Comitê Nacional deliberou, por restringir a participação, realizando uma plenária com representantes dos Comitês Estaduais e das entidades nacionais que o compõem. Ainda assim, dezenas de comitês de base se fizeram representar e apresentaram propostas para impulsionar o movimento.
Na primeira parte da Plenária, realizou-se um debate sobre a situação política, cujo centro acabou sendo a polarização entre a política de “frente ampla”, defendida pelo PCdoB (representado no Encontro pelo seu vice-presidente, Walter Sorrentino), inclusive com os setores golpistas que apoiaram a derrubada da presidenta Dilma Rousseff, por meio do impeachment fraudulento, com os que apoiaram e apoiam a condenação sem provas e prisão ilegal do ex-presidente Lula, que apoiaram a eleição fraudulenta de Bolsonaro e que votaram pelas medidas de ataque aos trabalhadores dos governos Temer e Bolsonaro, como o congelamento dos gastos públicos e as “reformas” trabalhista e da Previdência, por um lado.
Em oposição à essa politica, expressando as tendências combativas presentes no interior do movimento de luta contra o golpe e nas organizações de luta dos trabalhadores em geral, colocou-se a politica de buscar a unidade entre as organizações dos trabalhadores, da esquerda, para lutar, contra o regime golpista, para mobilizar pela anulação da lava jato e pela liberdade de Lula e de todos os presos políticos, colocar para fora e todos os golpistas e conquistar novas eleições, com Lula candidato.
Na parte da tarde, os participantes dividiram-se em grupos de trabalho que aprovaram importantes propostas de mobilização e de fortalecimento da organização do movimento.
O encontro aprovou um calendário de mobilização em torno da luta pela liberdade de Lula, tendo como datas centrais os “aniversários” de Lula: primeiro no dia 6 de outubro (data de seu nascimento) e no dia 27 (data oficial do sei aniversário, dia do seu registro em cartório).
A Executiva Nacional ficou encarregada de dar uma redação final às propostas, dentre as quais destacamos:
- Participar, nos dias dia 2 e 3 de outubro, do Dia Nacional de Luta da Educação (com mobilizações de estudantes e professores), levando para as ruas a campanha Lula livre;
- Realizar atos em todas as capitais e ouras cidades, no dia 6 de outubro, incluindo a realização de uma vigília com ato político e atividades culturais no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC;
- Caravanas e Ato Nacional em Curitiba 27, com festa de aniversário e grande manifestação pela liberdade de Lula;
- Intensificação da campanha de coleta de assinaturas (mutirões), realizando-os também nos locais de trabalho (fabricas etc.), de estudo (universidades e escolas) e de moradia (feiras livres e locais de grande concentração;
- Realização da Semana Nacional Lula Livre da Juventude, com atos nas faculdades de Direito e outros eventos;
- Campanha financeira junto aos sindicatos e categorias de trabalhadores, voando arrecadar R$ 15 milhões, começando com dezenas de milhares de contribuições dos sindicalistas e, depois, dos trabalhadores;
- Arrecadação por meio de leilão de produtos assinados pelo Lula;
- Aumentar a quantidade e a qualidade do material impresso, produzir cartazes e adesivos e panfletos em grande quantidade para ampliar a campanha nas ruas;
- Produção de vídeos com artistas para a campanha Lula Livre;
- Realizar plenárias nacionais e estaduais regularmente mais amplas e em locais diferentes.
Nas próximas edições desse Diário vamos continuar dando destaque às deliberações e debates desse importante Plenária.