Neste sábado (16), foi realizada a Plenária Nacional dos Comitês Lula Livre. Com muita adesão da militância, que compareceu em peso chegando a ter mil pessoas na plenária, o evento trouxe gente dos quatro cantos do Brasil. A coordenação chegou a ficar surpresa pois o número excedeu em muito as expectativas, tanto que houve mudança no local, passando da quadra do Sindicato dos Eletricitários para a quadra do Sindicato dos Metroviários, de forma a abrigar todos que vinham participar.
Os principais dirigentes do Partido dos Trabalhadores, do Movimento dos Sem Terra, Frente Brasil Popular, Partido da Causa Operária, e demais partidos compareceram ao evento e realçaram a importância da luta pela liberdade de Lula. A carta do ex-presidente foi lida logo na abertura do evento e ovacionada pela plateia.
Foi notável a insistência da militância, que compareceu no evento apesar da pouca divulgação feita pelos partidos que estavam na sua organização, a ausência de grandes caravanas organizadas, e da dificuldade de se inscrever pela internet.
O evento em si também careceu de materiais panfletários do próprio evento para insuflarem os militantes. Superados todos esses detalhes, as bases da esquerda brasileira fizeram com os meios que tinham e compareceram ao evento: levaram seus materiais, suas bandeiras, organizaram suas caravanas e mostraram que a vontade de derrubar o golpe, libertar Lula e barrar o fascismo é genuína e latente no povo brasileiro.
Essa predisposição a lutar tem que ser transformada em ação organizada. Os comitês têm aí a sua principal função e devem ser a ferramenta para canalizar a luta. A união da esquerda em torno da derrota de direita deve se dar através desses comitês.
Devemos aproveitar que o governo entrou em crise; seu capachismo aos norte-americanos está escancarado, sua impopularidade foi posta a luz do dia pelo carnaval, os setores da burguesia não conseguem se entender em torno de um pauta conjunta, e a própria base do governo está trincando.
Mais plenárias, congressos e conferências devem ser feitas para direcionar e deliberar sobre o rumo que tomará a luta à medida em que ela evolui. Quanto mais organizada estiver a esquerda, mais fácil será de partir para a ofensiva e fazer a direita recuar. Fora Bolsonaro e Todos os Golpistas, Liberdade Para Lula e Fora Imperialismo da Venezuela deve ser o ponto de união entre a esquerda. Organizar a greve geral também deve ser um dos focos da esquerda, ela é um importante instrumento para derrubar o regime golpista.
Não podemos esperar as eleições para derrotar a direita e tomar as devidas providências. A luta deve ser organizada agora, nas ruas e junto aos trabalhadores. A reforma da Previdência, os ataques aos direitos trabalhistas e as demais ataques da direita devem ser derrotados.