Não bastasse a falta de combatividade, uma histérica desorientação toma conta do Partido dos Trabalhadores. Após a trágica oficialização de Fernando Haddad como o candidato à presidência pelo PT, o ex-ministro da Casa Civil e candidato ao Senado, Jacques Wagner (PT-BA) pregou “menos intolerância” entre o PT e o PSDB; uma profusa demonstração do caráter capitulador da direção do partido.
Ao chegar nesta quinta-feira (13) para a cerimônia de posse do lacaio ministro Dias Toffoli – o mesmo que acabara de nomear Fernando Azevedo, ex-chefe do Estado-Maior do Exército, como assessor – na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), Jaques Wagner disse que, votará no tucano caso Geraldo Alckmin (PSDB) vá para o segundo turno da disputa presidencial com o Jair Bolsonaro (PSL). “O PT e o PSDB precisam parar de ser intolerantes um com o outro”, afirmou o petista. Numa total crença no aparelho burocrático – que está totalmente nas mãos dos golpistas, disse “Eu acho que o Haddad já está no segundo turno com Bolsonaro; mas, se houver uma hecatombe e ele não for, vou votar no outro”. Por conseguinte, ao ser questionado se terá a mesma opinião se o “outro” for Alckmin, Jaques Wagner respondeu que não teria dúvidas em apoiar o candidato do PSDB; independentemente da posição do PT. Ademais, quando perguntado sobre uma possível ponte de ligação entre o PT e o PSDB, Jaques Wagner afirmou que, se for escalado para reconstruir esta ponte, cumprirá a tarefa “com muito gosto”. O ex-governador da Bahia e candidato ao Senado também comentou sobre a estratégia do abutre Ciro Gomes (PDT) para tentar desgastar a candidatura de Haddad. Segundo ele, “é uma estratégia eleitoral correta porque o voto do Ciro, sai do campo social. Mas, quando ele diz que Haddad é um poste, sabe que não está falando a verdade”. A política arrivista de Jaques Wagner já é velha conhecida, visto que antes da definição de Haddad como candidato, o mesmo chegou a dizer que, o PT deveria apoiar Ciro Gomes; aproveitando a facciosa condição do ex-presidente Lula – condenado e preso injustamente pela Operação Lava Jato.
Dadas as declarações acima, reconhecemos a total falta de centralização do partido, cuja política de capitulação tem sido levada ao fim e ao cabo pela ala direitista – a mesma que desde o início tem insistido em aderir ao plano B. Mesmo depois de sucessivas derrotas pelas vias institucionais, a direção do PT – impulsionada por sua ala arrivista, cedeu às investidas dos golpistas e empreendeu a maior derrocada da história do partido.
É bom lembrar que os tucanos foram os precursores do golpe – através do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016. Esta posição da direção do PT em deixar Lula de lado e apostar no plano B só irá fortalecer a direita, visto que somente o ex-presidente é capaz de aglutinar as massas e derrubar o golpe de Estado. Nesse sentido, é preciso continuar denunciando a farsa das eleições, pois eleições sem Lula é fraude, eleições sem Lula é golpe!