O presidenciável Ciro Gomes, também conhecido como “Cinco Gomes por cento”, uma vez que não passa desse percentual o seu eleitorado, é o candidato que se diz de esquerda mas veste a camisa da direita. Um golpista, em termos gerais.
Ano passado, em maratona pelo Brasil para divulgar sua pré-candidatura, soltou a máxima de que “o Brasil não cabe numa proposta de Esquerda”. Cabe perguntar, então, o que ele quer? Que o Brasil abrace uma proposta de direita? Isso só demonstra que a candidatura de Ciro Gomes é reacionária, tanto quanto Geraldo Alckmin e Álvaro Dias.
Em 1999 estampou a capa da revista mais reacionária do país. A revista Veja mostra um moço sorridente, com cara de dono de restaurante francês. Está à esquerda da página. Do lado direito, há o seguinte texto: “A ESQUERDA LIGHT. Alimentado pela impopularidade de FHC, Ciro Gomes ganha a classe média e assusta o PT”. O que a revista quis dizer é: “O PT assusta a classe média e Ciro Gomes sai ganhando”. Nesse caso, Ciro seria o “plano B” da direita.
É perceptível, portanto, que desde o século passado Ciro Gomes representa as diretrizes da burguesia contra a candidatura do Lula. Agora com seu candidato a vice, Benjamin Steinbruch, um dos diretores da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), fica mais evidente a farsa eleitoral que Ciro representa.
Ciro Gomes já demonstrou que não vai enfrentar o golpe de Estado. A candidatura de Ciro deve ser amplamente denunciada como uma impostura, um golpe contra toda a população. É preciso acabar com a conversa mole de que ele seria de esquerda. Ciro é, antes de tudo, candidato da burguesia golpista.