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Bahia

Pistoleiros invadem comunidade e destroem tudo na Bahia

Homens armados invadem fazenda, onde moram 135 famílias, agridem moradores e roubam ferramentas de trabalho.

Oito indivíduos armados invadiram, na última sexta-feira (21/8), a fazenda Califórnia, no distrito de Santo André, município de Santa Cruz Cabrália, na Bahia. Os invasores dispararam armas de fogo, agrediram trabalhadores, incendiaram três casas, roubaram ferramentas de trabalho e aparelho celular.

Segundo informações divulgadas no perfil do Instagram da organização Teia dos Povos, toda a operação ocorreu a mando de um empresário da região. Também é afirmado que a organização do ataque fascista foi realizada por policial civil.

Na fazenda Califórnia, residem 135 famílias de pequenos produtores rurais, que estão há 15 anos no terreno. Os donos anteriores da terra a abandonaram devido a uma dívida virtualmente impagável. Os trabalhadores, de maneira legítima, ocuparam a fazenda, utilizando a terra para sua sobrevivência e abastecimento do mercado local.

O ataque aos trabalhadores da fazenda Califórnia não é caso isolado. Pelo contrário, é caso corriqueiro na história do Brasil e que vem se acentuando graças ao incentivo dado pelo governo fascista de Jair Bolsonaro e a vista grossa feita pelo restante do poder público à atividade dos grileiros. Cabe salientar que a presença de policial na atividade criminosa é também comum nos confrontos pela terra no interior do Brasil.

Os povos tradicionais, indígenas e quilombolas vêm sendo fortemente pressionados não apenas pelos grileiros, mas também pelas políticas do estado burguês. A Funai e outros órgãos, como secretarias de agricultura e pecuária, por exemplo, vêm implementando uma série de políticas que dão legitimidade jurídica aos grileiros e outros elementos da arcaica elite rural brasileira.

A situação de calamidade causada pela pandemia tem acelerado o processo de despejo de comunidades inteiras, como visto recentemente no uso da Força Nacional contra os assentamentos do Movimento Sem Terra (MST) no sul da Bahia, no despejo dos Pataxós da Aldeia Novos Guerreiros (Porto Seguro/BA) e dos acampamentos Palmares (Juazeiro/BA) e 26 de Setembro (Distrito Federal).

Também há a questão das demarcações de terras indígenas, que estão sendo acoçadas pelos latifundiários com anuência da própria Funai. Em documento recente, a Funai permite que produtores rurais registrem propriedades dentro de terras indígenas, ficando habilitados a receber financiamento público para sua produção. Trata-se do uso do dinheiro público para atacar os oprimidos, uma verdadeira prova de que o governo atual é, sim, fascista.

Com o fascismo em plena ascensão, é necessário que as lideranças da esquerda e de toda classe trabalhadora mobilizem os trabalhadores do campo e da cidade para combater os ataques da burguesia. Portanto, é mais do que hora de colocar em pauta a necessidade de auto-defesa das comunidades rurais e urbanas, a fim de garantir que o aconteceu na fazenda Califórnia não volte a ocorrer.

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