A crise sanitária fornecida pelo Covid-19 está provocando uma queda no setor econômico do país e também do mundo. O varejo restrito e ampliado sofreu uma grande queda de vendas, uma das piores desde janeiro de 2016 no Brasil.
O setor restrito recuou 2,5% em março, frente o mês de fevereiro, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), relatada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os meses de março, esse ano teve a menor queda de vendas desde 2003 que na época foi de (-2,7%), comparando com março de 2020 com o de 2019, o índice recuou 1,1%.
Não foi diferente no varejo ampliado
O setor que é composto pelo comércio de automóvel e material de construção, além de outros segmentos. Em março obteve 13,7% a menos, referente a fevereiro, feito os ajustes sazonais. Sendo a maior queda desse setor ampliado de uma série histórica com inicio de fevereiro de 2003. Pelo IBGE, o varejo ampliado recuou 4,2%, comparando a março de 2019, a receita nominal teve o recuo de 12% na passagem de fevereiro para março.
De acordo com PMC, as quedas mais intensas se teve em indústrias de tecidos, vestuário e calçados (-42,2%); veículos e motos e peças (-36%); livros, jornais e papelaria (-36%); móveis e eletrodomésticos (-26%). Apenas os comércios mais essenciais obteve aumento de vendas em março.
A queda trouxe uma pressão das grandes empresas capitalistas exigindo o fim da “quarentena”. O isolamento social é uma saída necessária para conter a disseminação do coronavírus. A medida leva o fechamento temporário de pequenos comércios e grandes empresas capitalistas que não são essenciais para a sociedade em geral. A queda do lucro de grandes empresas fez a burguesia nacional ser contra a recomendação sugerida pela OMS, (Organização Mundial da Saúde).
No meio dessa pressão, temos grandes empresários milionários como, Luciano Hang dono da Havan, Junior Durski, dono da Madero, Alexandre Guerra sócio do Giraffas, Roberto Justos apresentador do programa “O Aprendiz” entre outros, todos fazendo uma grande campanha midiática pelo fim do isolamento, alegando estarem preocupados com o Brasil.
O dono da Madero, Junior Durski, no dia 23 de março publicou no seu Instagram um vídeo que afirma está preocupado com milhões de brasileiros.
“As consequências que teremos no futuro serão muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora”, disse o empresário.
O que o empresário quis dizer foi o seguinte, que não importa o número de mortos, se o isolamento continuar as grandes empresas capitalistas terão problemas maiores no futuro. Para a burguesia nacional a regra número 1° é manter o lucro e nada mais, não importa quantos pobres irão morrer para manter essa regra.
O papagaio Louro José da “Havan” patrocinou caravanas pelo fim do isolamento, também fez uma live em seu facebook, comentando também estar preocupado com milhões que ficaram sem emprego.
“Daqui a pouco todo mundo vai fechando o Brasil. E o que vai acontecer? Desemprego em massa. A pobreza vai ficar instalada nesse país e alguém precisa falar a verdade”. Afirmou Luciano.
O pretexto de preocupação com os brasileiros é pura demagogia barata, querem apenas manter o bolso cheio de dinheiro à custa dos trabalhadores, da classe-trabalhadora, querem apenas explorar a força de trabalho e manter a produção de seus monopólios.
A pressão mostra como é a política de Bolsonaro, o fascista também é a favor do fim da “quarentena” desde seu inicio, se for necessário que o povo morra com o vírus, tudo bem para ele, tudo para salvar a burguesia e as grandes empresas capitalistas.