A quem a Polícia Federal serve?
A resposta é clara: ao ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Se não, estaria preocupado em apurar os evidentes aspectos criminosos das mensagens que foram trocadas entre a pessoa que se fazia passar por juiz da chamada Operação Lava Jato e o suposto líder da gangue dos seus procuradores amestrados, que encarceraram ilegalmente o maior líder vivo deste País, em troca de cargos, poder político, muito dinheiro (R$ 2,5 bilhões) e uma fé em uma superioridade ética da América do Norte.
Pois a tal suposta Polícia Federal, que é subordinada ao ministro da Justiça e da Segurança Pública e do Coaf, Sergio Moro, corre atrás do vazamento de mensagens de Telegram do ex-juiz e de procuradores da Lava Jato, divulgados pelo Intercept (agora somado com Folha, Veja e Band) mas não investiga o conteúdo criminoso das conversas em si. Nessa ótica, o criminoso é um tal de hacker virtual, não seu chefe, o ministro, claro.
A PF no Paraná, que “investiga” o caso do vazamento das mensagens de procuradores como Deltan Dallagnol e da juíza substituta Gabriela Hardt, não solicitou os telefones celulares dos mais de 15 membros do Ministério Público, que anunciaram que apagaram as mensagens, numa solene destruição de provas explícita. A assessoria da corporação em Curitiba justificou que o “conteúdo das mensagens não está sendo apurado; isso não é objeto da investigação”.
São profissionais mesmo.
Não apurar o conteúdo das conversas e não solicitar os telefones dos procuradores está em desacordo com o Código de Processo Penal. A investigação de “fatos e circunstâncias” seria obrigatória ainda que nenhum crime seja descoberto ao final.
Código de Processo Penal, artigo 6º, inciso III: Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: (…) colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias” O artigo 5º do mesmo código informa que uma investigação da PF pode ser iniciada por iniciativa da própria polícia. Neste caso, bastaria um delegado determinar a apuração.
Já o artigo 158 do Código de Processo Penal diz que, “quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado”. Isso significa que é impossível ignorar a busca por vestígios nos telefones celulares dos procuradores.
O problema da PF é que se eles fizerem o que a lei manda, eles vão comprovar a autenticidade das mensagens, e o teor delas já revelado até agora é gravíssimo e capaz de anular tudo que a cambada da Lava Jato fez, não só contra o Lula. E pode inverter tudo: colocar juízes, procuradores e delegados na cadeia. Ahaa, uhuu! E desembargadores também, e ministros do STF, com o Supremo e com tudo. Ou seja, desmontar o golpe, desvender os poços de petróleo do pré-sal, tomar de volta a Embraer, desfazer tudo.
Por isso eles são profissionais. Foram treinados pelo próprio FBI (que, inclusive, equipou o prédio da sede, em Brasília). São golpistas “profissa”.
O Moro precisa ser preservado. Ele é a chave do golpe.
A burguesia tem que sustentar o Moro. Leva no Ratinho, vai no Faustão, paga mico com o véio da Havan, vai na marcha evangélica, bota a camisa do Flamengo e vai enrolando, para ver se a poeira uma hora abaixa e o povo esquece.