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Farsa

Mais uma fraude: PF diz que assassinato de Guajajara não foi emboscada

Laudo fraudulento da Polícia Federal aponta que indigenas assassinados no Maranhão não foi oriundo dos conflitos agrários.

O inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar o assassinato de Paulo Paulino Guajajara no dia 1º de novembro de 2019, no interior da Terra Indígena (TI) Arariboia, próximo da aldeia Lagoa Comprida, no município de Amarante, estado do Maranhão.

O indígena sofreu uma emboscada e foi morto a tiros por madeireiros que estavam no local e outro indígena Laércio Sousa Silva também foi ferido no braço, mas conseguiu fugir. As investigações da Polícia Federal comandadas pelo golpista, ex-juiz da Operação Lava Jato e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, dizem que não houve nenhuma emboscada e o assassinato foi uma fatalidade motivada pela posse da moto pelos indígenas e foram surpreendidos pelos Guardiões da Floresta e houve troca de tiros.

A PF informou, na nota, que “foi possível afastar as hipóteses relacionadas a conflitos étnicos ou mesmo por emboscada de madeireiros a indígenas, tudo convergindo para a conclusão de que o lamentável episódio se originou da troca de tiros motivada pela posse de uma das motocicletas utilizadas pelos não indígenas”.

No mês passado, o jovem Erisvan Soares Guajajara, de apenas 15 anos, foi brutalmente assassinado e esquartejado no dia 13 de dezembro. Se corpo tinha um tiro na nuca, pescoço com marcas de degola e facadas na face. Rapidamente, o comandante do 34o. Batalhão da Polícia Militar de Amarante do Maranhão, tenente-coronel Jorge Araújo Junior, afirmou que as suspeitas eram de tráfico de drogas e roubos na região. As afirmações da Polícia Militar, assim como da Polícia Federal, vão em sentido contrário das denuncias dos indígenas e das provas com ameaças de mortes e histórico de assassinatos e invasões de terra nas áreas indígenas.

As forças policiais ignoram (de maneira intencional) os conflitos na região. No mesmo mês (07/12) foram assassinados dois caciques na rodovia BR-226 no trecho próximo à Terra Indígena Cana Brava, no município de Jenipapo dos Vieiras, no oeste do Maranhão: Raimundo Benício Guajajara e Firmino Prexede Guajajara e outros dois indígenas ficaram feridos. O delegado da Polícia Civil chegou a afirmar que a motivação poderia ser fruto de constantes roubos que ocorrem na região.

A posição da Polícia Federal no caso dos Guajajara é o mesmo que deu no mês de agosto do ano passado no laudo final sobre o assassinato do cacique Emyrá Wajãpi, dentro da Terra Indígena Waiãpi, no Estado do Amapá, afirmando que “apesar das informações iniciais darem conta de invasão de garimpeiros na terra indígena e sugerirem possível confronto com os índios, que teria ocasionado a morte da liderança indígena, o laudo necroscópico não apontou tais circunstâncias”, disse o laudo da PF.

Dissimular os crimes para esconder os mandantes

Esconder os mandantes dos crimes, alterar cenas do crime, inventar provas e prender inocentes é o modus operandi das forças policiais. Podemos observar isso todos os dias no país inteiro, seja nas favelas ou periferias, ou no campo dentro dos acampamentos, assentamentos, terras indígenas e quilombolas.

No caso da reforma agrária e da luta pela terra, como a luta pela demarcação das terras indígenas e garantir que as terras demarcadas não sejam invadidas pelos latifundiários, é uma constante, pois frequentemente as forças policiais são contratadas ou atuam em defesa dos interesses dos latifundiários.

Apontar motivação desses crimes que não seja em decorrência de conflitos agrários é uma maneira pensada pelas forças policiais em conluio com latifundiários, parlamentares e judiciário para esconder e proteger os verdadeiros mandantes desses crimes. Esses mandantes são bem conhecidos, como os latifundiários, grileiros de terras, madeireiros e mineradoras.

É também por esse motivo que não há como ter proteção desses povos indígenas e suas terras através das forças policiais. A única saída é a formação de grupos de autodefesa cada vez mais organizados e treinados para enfrentar essa situação, principalmente no governo Bolsonaro que dá aval para que a ofensiva no campo seja extremamente violenta.

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