A greve dos caminhoneiros, iniciada no último dia 21, começou a dar vazão à revolta contra a política do imperialismo de destruição da Petrobras. Embora seja uma greve de uma categoria heterogênea e que não traga, de imediato, a reivindicação da luta contra o golpe ou da liberdade de Lula, a iniciativa dos caminhoneiros está criando uma crise no regime controlado pelos golpistas. Afinal, uma das razões principais de o golpe de Estado ter sido dado foi a entrega do petróleo brasileiro aos monopólios internacionais, o que não poderia acontecer sem uma alta no preço dos combustíveis.
Independentemente das contradições em que estão imersos os caminhoneiros, sua greve é um enfrentamento contra os interesses do imperialismo. Por isso, é necessário que os trabalhadores aproveitem a crise gerada pela movimentação dos caminhoneiros e o apoio da população à greve para realizar uma gigantesca mobilização contra o golpe.
Nesse sentido, os petroleiros de todo o país estão se preparando para realizar uma grande greve contra os golpistas. A greve, que já vem sendo organizada há meses em vários Estados, poderá conseguir impor uma grande derrota aos golpistas, na medida em que forçará a burguesia a recuar na venda da Petrobras.
O petróleo brasileiro precisa ser defendido até as últimas consequências por todos os trabalhadores. Afinal, o direito de explorar e exportar o seu próprio petróleo é um instrumento importante de soberania nacional. Entregar o petróleo a empresas estrangeiras seria o mesmo que submeter o país e seus trabalhadores aos interesses diretos dessas empresas.
Não à privatização da Petrobras! Abaixo o golpe! Liberdade para Lula!