Os petroleiros estão em uma greve política porque colocam a diretriz do governo golpista contra a parede. O governo Temer tem por orientação a privatização do patrimônio nacional, tal como anunciado pelo programa do MDB chamado “Uma ponte para o futuro”. Esse programa nada mais é do que uma adulação à vontade do imperialismo, isto é, uma benesse ao mercado financeiro para que o capital acumulado possa ser especulado na compra dos empreendimentos nacionais.
A greve dos petroleiros vai justamente contra essa política anti-povo e contra trabalhador. A privatização da Petrobrás, portanto, faz parte desse pacote de entrega do patrimônio nacional aos grandes especuladores internacionais. A greve dos caminhoneiros abriu uma brecha para que a insatisfação dos petroleiros fosse canalizada na greve de cunho político contra o governo Temer. Pedro Parente, atual presidente da estatal petrolífera, certamente deveria sair da presidência, mas retirá-lo não resolveria o problema, haja vista que Temer continuaria ditando as cartas. É preciso mudar o governo pela iniciativa da classe trabalhadora.
Nesse sentido, faz-se necessário que a CUT se some ao movimento paredista dos caminhoneiros e dos petroleiros a fim de convocar uma grande Greve Geral, e colocar o governo Temer para correr, do contrário a privatização e o aumento sucessivo dos combustíveis continuarão intocáveis.