Mais petroleiros se juntam à greve deflagrada no último dia 5 de março. Agora os petroleiros da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, região Metropolitana de Belo Horizonte, anunciam uma greve para a partir desta segunda-feira (22). A paralisação foi decidida após o Sindicato dos Petroleiros em Minas (Sindipetro-MG) afirmar que mais de 200 funcionários da unidade de Betim teriam sido contaminados em um surto pelo novo coronavírus neste mês de março.
O (Sindipetro-MG) anunciou que comunicou oficialmente à direção da refinaria através de envio à gerência-geral da Regap de uma solicitação para que seja suspensa a Parada de Manutenção, por conta da contaminação de mais de 200 trabalhadores que teriam sido contaminados pelo novo coronavírus neste mês de março, sendo 84 deles do mesmo setor e com doze trabalhadores internados em estado grave.
A parada de manutenção é procedimento das refinarias em geral, que no caso da Regap pode chegar a expor até 3 mil trabalhadores trabalhando no mesmo local.
A greve de Betim anunciada para esta segunda-feira (22) se junta a outras lutas relatadas pela Federação Única dos petroleiros (FUP) contra este outro aspecto da política criminosa dos golpistas contra os petroleiros que é a pandemia.
Em diversas unidades do Sistema Petrobrás as mortes estão a se ampliar, na Rlam (primeira refinaria aberta do país em 1950), dois operadores morreram em um espaço de uma semana e outros 80 trabalhadores foram contaminados na refinaria nas últimas semanas. Com a pressão o sindicato conseguiu que a Petrobrás suspendesse temporariamente as paradas de manutenção.
O mesmo ocorre na Repar no Paraná, onde as paradas de manutenção foram adiadas para 12 de abril. O Sindipetro-PR/SC anunciou em suas redes que: “Continuaremos atentos às condições sanitárias e às taxas de ocupação dos hospitais de Araucária e Região para verificar se a parada de manutenção poderá ser realizada na nova data apontada, visando a segurança de todos os trabalhadores”.
Outros quatro estados também estão em greve com paralisações em Amazonas, Espírito Santo, Pernambuco e São Paulo.
A rápida adesão ao movimento em vários estados e a participação dos trabalhadores terceirizados expressam a tendência à mobilização neste momento e apontam para a necessidade da organização de uma greve nacional dos petroleiros, bem como sua unificação com outros setores da classe trabalhadora.
Bolsonaro e a direita “científica”, que já mataram quase 280 mil pessoas (segundo dados oficiais, que são irreais segundo as diretrizes da OMC) e estão entregando a economia e as estatais brasileiras ao imperialismo, como já é o caso de algumas refinarias brasileiras, não irão parar a não ser se forem barrados pela força de um amplo movimento popular, e este apoio tem de começar pela classe operária dando o exemplo do enfrentamento, como o fazem neste momento estes importantes setores dos petroleiros.