Nesta sexta (14), o instituto de pesquisa Datafolha, da Folha de São Paulo, divulgou pesquisa que traz um cenário completamente fora da realidade. Logo após o genocídio comandado por Bolsonaro atingir 100 mil mortos por coronavírus, o presidente fascista teria alcançado “a mais alta taxa de aprovação desde início de mandato”, segundo o instituto.
A Folha quer fazer crer que a população, maior vítima da política de Bolsonaro, apoia o genocídio contra si mesma. Obviamente que essa conclusão é absurda, estúpida e, como mostraremos adiante, completamente falsa.
De acordo com a pesquisa, a aprovação (ótimo ou bom) foi de 32 para 37%. Enquanto a reprovação (ruim ou péssimo) caiu de 44 para 34%. Já a avaliação regular 23 para 27%. Ou seja, ou o povo não está sofrendo com a crise capitalista e do coronavírus, mas não estaria vendo todos os absurdos do governo, que não fez nada para combater a pandemia. É uma manobra para reforçar o argumento da direita e de um setor da esquerda, que tem aparecido nas redes sociais nos últimos dias, de que o povo teria se vendido pelo auxílio emergencial de 600,00. Obviamente que isso é uma fraude, que pode ser constatada em qualquer atividade de rua e de bairro em que se converse com um número mais representativo do que a amostra da pesquisa do Datafolha.
Realizada entre nos dias 11 e 12 de agosto, com 2065 brasileiros com 16 anos ou mais, supostamente em todas as regiões do país, a pesquisa tem uma amostra que não é representativa da população brasileira.
Os dados de aprovação do governo correspondem diretamente à fração de classe social atingida pela amostra da pesquisa. Tanto quanto corrobora que quem controla as pesquisas de opinião dos institutos burgueses é a burguesia, os donos dos institutos.
O que explica porque o Datafolha eleva a aprovação de Bolsonaro, baseando-se em amostra que não é significativa. Qualquer atividade de rua, em locais de trabalhos ou nos bairros, tem um amostra mais fidedigna aos anseios do povo.
Na verdade a pesquisa não é sobre o aprovação do povo em relação a Bolsonaro, mas sim a aprovação da Folha ao governo Bolsonaro. Vale lembrar que a Folha é parte da frente ampla, ou seja, a frente que apoia totalmente a permanência de Bolsoanaro ao menos até 2022.
Outro dado importante é que uma das matérias da Folha sobre isso diz que esse aumento da popularidade de Bolsonaro se deve também à reaproximação com o Judiciário e Congresso, o que é verdade, esses dois poderes entraram em um acordo com Bolsonaro para mantê-lo no poder.