Nessa quarta-feira (24) a Confederação Nacional das Indústrias divulgou nova pesquisa do IBOPE sobre avaliação do governo Bolsonaro:
Quando comparado aos governos anteriores, eleitos após o fim da ditadura militar, é a pior avaliação de um presidente em primeiro mandato, no começo de seu governo. Lula obteve 51% de aprovação (ótimo/bom) e Dilma 56%, enquanto Bolsonaro amarga 35%, contra 45% de Collor e 41% de Fernando Henrique Cardoso.
O mais importante, no entanto, mesmo em se tratando de pesquisa patrocinada pela CNI, participe do golpe de 2016, é a indicação de que a avaliação negativa, indicando reprovação ao governo, aumentou, muito, desde o início o ano. Em pouco mais de 100 (cem) dias de governo, 27% dos entrevistados acham que o governo é ruim ou péssimo.
Comparativamente, esse índice também revela que a avaliação é a pior. O governo de Fernando Collor de Mello, em período de mandato idêntico ao de Bolsonaro, era considerado ruim ou péssimo por 12% dos entrevistados, o de FHC também alcançou índice semelhante (12%), enquanto Lula era mal avaliado apenas por 7% e Dilma por apenas 5%, no início de seus mandatos.
A imprensa burguesa tenta maquiar um pouco esses péssimos resultados fazendo comparações com avaliações de segundo mandato, como o de Dilma Roussef que já era objeto de um golpe em ação. Compara-se também a avaliação de Temer que, contudo não foi eleito, assumiu um programa diferente do da Presidenta legitimamente eleita e, por isso mesmo, foi alvo de duras críticas e dura oposição durante o governo do golpe.
A própria CNI também força a avaliação de que o atual presidente vai ter seus índices melhorados quando a economia melhorar. É o mesmo discurso que se fazia com Temer. A verdade, no entanto, é que o governo da fraude vai ser cada vez visto como o que é: incompetente e capacho, entreguista e anti-povo.
Comparar Bolsonaro com a presidenta Dilma em seus segundo mandato, após a guerra contra ela e o PT, com toda a imprensa, o empresariado, o Ministério Público, as Forças Armadas, o imperialismo, atuando para criar uma crise e sabotar o governo, é de uma má fé gigantesca.
Dilma Rousseff teve a melhor avaliação entre todos os presidentes em seu primeiro mandato no inicio de seus governos. De certo que a aprovação do ex-presidente Lula, a melhor e maior aprovação de um presidente em fim de mandato, 83%, deve ter colaborado para os índices positivos da ex-Presidenta, mas também por méritos próprios, mesmo que politicamente pudéssemos discordar dela e do seu partido naquele momento.
Diferente do que a imprensa e o governo querem fazer entender, a pesquisa CNI/Ibope traz péssimas notícias para Bolsonaro. Na mesma perspectiva detectada na última pesquisa do DataFolha, mês passado, há uma queda no otimismo da população. Cada vez menos pessoas acredita que a economia vai melhor ou que a própria situação pessoal vá melhorar.