O Equador do golpista Lenín Moreno vive uma crise funerária gigantesca, em que o Estado não dá conta de buscar os corpos de pessoas mortas em suas casas, permite que cadáveres fiquem pelas ruas (ou os mantém armazenados em caminhões) e não oferece à população o básico para sobreviver em meio à pandemia do coronavírus.
Se tudo isso já não bastasse, o país já está com praticamente todos seus leitos hospitalares lotados, fazendo com que o pesadelo que vive a população do Equador se torne ainda maior. Com a falta de leitos hospitalares, só é possível colocar uma pessoa em uma cama para receber o tratamento adequado, com respiradores, por exemplo, quando outro paciente morre.
O país também sofre com baixas médicas. Ao menos 40 médicos e inúmeros enfermeiros morreram desde que a pandemia começou. O número total de equatorianos mortos por conta da doença é de 272, no entanto, assim como no Brasil, o número tende a ser bem maior por conta da política de esconder os dados reais da população.
Tudo isso graças à política neoliberal que vem sendo levada no país após o golpe de estado de Lenín Moreno. O país teve sua política alinhada com a burguesia imperialista, em especial a dos Estados Unidos, fazendo com que a população local sofra para que essa burguesia lucre com isso.
O país não vem tomando as medidas necessárias para conter a crise, apostando somente em uma quarentena imposta na base da repressão policial, impedindo a população de se despedir de seus entes queridos e outras posições superficiais que não dão conta do problema. Seria necessário, por exemplo, investir muito mais em leitos hospitalares emergenciais, coisa que não será feita, a não ser com pouquíssimos novos leitos, pois a prioridade do país é o de salvar as grandes empresas e seus capitalistas.