O suicídio do ex-presidente Alan García no Peru mostra que o país latino-americano sofre com o mesmo processo golpista, organizado pelo imperialismo, que afeta o Brasil. Alan García se matou por conta de um processo jurídico, idêntico a Lava jato brasileira, o qual incriminou o ex-presidente, levando-o ao suicídio. Alan García deixou uma carta dizendo que não iria se submeter a essa arbitrariedade.
Após a eleição de um presidente de esquerda em 2011, Olantta Humala do Partido Nacionalista, e de uma intensa sabotagem a sua campanha, conseguiu cumprir seu mandado e posteriormente foi obrigado a renunciar. Humala foi preso em 2017 por conta de denúncias de corrupção. Após a queda de Humala, chegou ao poder Kuczynscki, do partido de centro-direita PPK.
Kuczyncki renunciou em 2018 por conta também de denúncias de corrupção. Após a renúncia de Kuczynscki, sobe ao perder Matin Vizcarra, do mesmo partido do presidente anterior.
O atual governo peruano leva adiante a mesma política de perseguição política adota no Brasil por meio do judiciário. O suicídio de Alana García é consequência da Lava Jato peruana, organizada pelo próprio imperialismo. Assim como ocorre no Brasil, não havia provas contra García, o qual inclusive tinha apresentado provas contra sua condenação.
Este caso revela que a perseguição política por meio do judiciário constitui um processo mais amplo, que atinge vários países da América Latina a serviço do imperialismo. O caráter amplo da perseguição fica claro também quando se analisa o fato de que García não era uma liderança popular como o ex-presidente Lula. Mesmo assim, acabou sendo alvo desse verdadeiro processo de intimidação e dominação política imposto pelos norte-americanos.