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Racismo e o vírus Corona.

Perseguidos, negros receiam usar máscara de retenção

O racismo estrutural é uma barreira enfrentada pela população negra diante da pandemia do Coronavírus para sua própria sobrevivência.

Nos Estados Unidos o números de negros infectados pelo coronavírus tem sido alarmante. Em estados como Louisiana e cidades como Chicago e Milwaukee a proporção de pretos com infecção é bem maior que os brancos. Em Louisiana um terço do total da população do estado são negros, no entanto foram 70% das pessoas que morreram atingidas pelo vírus. Em Milwaukee 27% dos moradores são negros o número de casos entre eles é duas vezes maior do que os registrados entre os brancos.

Em uma reportagem divulgada pela CNN mostra que muitos negros nos Estados receiam usar máscaras feitas em casa durante a pandemia. Segundo a matéria existe uma preocupação com o adereço e preferem não usá-lo por conta do racismo. “Eu não me sinto seguro usando um lenço ou panos, ou qualquer coisa que não seja uma máscara para cobrir meu rosto quando eu for a uma loja. Porque eu sou um homem negro vivendo neste mundo. Eu quero continuar vivo, mas eu também quero continuar vivo” – escreveu no Twitter o educador Aaron Thomas do estado de Ohio.

Com a recomendação da Organização Mundial de Saúde OMS em relação a medidas protetivas durante a pandemia, as máscaras cirúrgicas desapareceram rapidamente das farmácias e do comércio.  De acordo com o professor negro Trevor Logan da Universidade de Ohio, as máscaras caseiras pode ser visto como um adereço de um criminoso ainda mais quando usado por homens negros. “Há um contexto maior do que o vírus: neste caso, se trata do fato de que homens negros de capuz, touca ou máscara se encaixam na descrição de um ‘suspeito’ que a maioria das pessoas tem”, afirma Trevor.

Na semana passada a prefeita de Chicago Lori Lightfoot que é negra, e outros senadores do partido democrata exigiram da Secretaria de Saúde Americana dados sobre o vírus Corona de acordo com a raça dos infectados e mortos. Os números só vieram a público em alguns lugares, e muito limitados. Em muitos estados entre eles os mais atingidos pela pandemia como Califórnia, Nova Jersey, Nova York e Washington não foram fornecidas informações sobre a raça dos pacientes.

Ao anunciar os dados nesta segunda-feira Lori lamentou “esses números são impressionantes, são mesmo”. Em entrevista ela disse “que as estatísticas estavam entre as coisas mais chocantes que viu como prefeita”. O fator que recai sobre a população negra e que os tornam alvos mais vulneráveis a esse tipo de crise humanitária não é uma questão biológica, e sim uma questão estrutural, classista e econômica. Visto o caso brasileiro em que negros e pobres sequer tem acesso a insumos mínimos para viver como água, luz, saneamento básico, moradia e alimentação.

Como acontece no Brasil os negros nos Estados Unidos são vítimas da desigualdade social, não tem planos de saúde, muitos são portadores de doenças preexistentes, moram em lugares distantes, não tem acesso a testes, médicos ou tratamentos. Além disso as condições financeira não permite que a maioria da população afro-descendente fiquem em casa, em isolamento social, pois o trabalho é uma questão de sobrevivência. Na sociedade capitalista o setor mais oprimido e perseguido são os negros os que mais sofrem.

É preciso que o movimento negro se mobilize para conseguir todo material necessário para conter o coronavírus e para travar uma luta política pela própria vida. Organizar conselhos populares, listar medidas de proteção, exigir os direitos básicos de qualquer ser humano, e partir para cima dos governos direitistas que não estão nem um pouco preocupado com as classes marginalizadas.

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