Mais uma vez a ex-presidente da Argentina substituída pelo reacionário Mauricio Macri, Cristina Kirchner, uma das principais lideranças do nacionalismo latino-americano, foi indiciada pela justiça controlada pela burguesia.
Dessa vez, a direita tratou de colocar, além dela, os filhos num processo sobre lavagem de dinheiro. O processo é parecido com o que está ocorrendo no Brasil, onde o imperialismo está usando o judiciário para perseguir as lideranças políticas não alinhadas com o programa de terra arrasada dos monopólios.
Da mesma maneira que Lula, percebe-se que até mesmo a família de Senadora está sendo caluniada. Além disso, como ficou revelado no processo contra o Lula, o caráter desses julgamentos são completamente arbitrários. Mesmo sem nenhum tipo de prova concreta, as pessoas são condenadas e mesmo presas, antes do fim do trânsito em julgado. Já bloquearam bens da Senadora, uma medida de intimidação contra ela.
Esse é o novo formato de golpe orquestrado pelo imperialismo. Procuram caracterizar a corrupção enquanto mal do século para legitimar um vale tudo contra qualquer garantia legal do julgado, e assim facilitar a condenação e prisão de seus opositores em um processo supostamente legal, e colocar no poder um salafrário que entregarão o país à preço de banana, instituindo uma política de total destruição da economia nacional.
Essa é a política do FMI. Nem um pouco amigável com os povos oprimidos. Vender tudo e devastar o país para os parasitas sanguessugas das corporações internacionais. Entretanto, diante da crise econômica implantada pela direita na Argentina, o desenvolvimento da política golpista se tornou algo mais complicado. Precisarão levar adiante uma política de extrema repressão à população.