Da redação – Com a prisão ilegal de Julian Assange pelo imperialismo, o Wikileaks atendeu ao seu pedido de divulgar todos os documentos que a entidade tinha em mãos caso seu líder fosse algum dia preso.
Dentre os milhares de novos arquivos publicados no site do Wikileaks, encontra-se um Relatório Especial de Aplicação da Lei, do Centro de Análises de Informação do estado do Colorado (EUA), datado de 9 de novembro de 2006, cujas informações foram fornecidas pela Força Tarefa Conjunta de Combate ao Terrorismo do Escritório Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês).
O documento, de 12 páginas, era destinado a uso oficial apenas e sua intenção era servir como guia “para possível identificação de membros e ou ativistas relacionados a cada grupo”. Ou seja, um guia para perseguição política por parte das autoridades imperialistas contra grupos considerados “extremistas”, da mesma forma que ditaduras costumam tratar os “subversivos” que se opõem a elas.
A maioria das organizações e símbolos relatados no documento é de extrema-direita, nazistas, como a Ku Klun Klan, com símbolos como a suástica ou o emblema das SS de Adolf Hitler. No entanto, há também a descrição de símbolos anarquistas e do Novo Partido dos Panteras Negras. Isso significa que o FBI considerava (e, possivelmente, ainda considera) anarquistas e militantes negros como “extremistas” do mesmo nível que nazistas, e que trabalha para monitorá-los, espioná-los e incriminá-los devido à luta que aqueles dois grupos realizam contra o regime norte-americano.
Junto aos símbolos, há uma descrição deles e de seus respectivos movimentos, como se fossem proibidos ou grupos criminosos. Nota-se, portanto, que a “democracia” norte-americana é mera fachada para esconder um gigantesco estado policial que persegue e reprime os grupos dissidentes, os opositores e qualquer um que posse representar a menor ameaça para o sistema de exploração capitalista.