Da redação – A Polícia Federal prendeu o prefeito de Mauá (na região metropolitana de São Paulo), Átila Jacomussi (PSB), na manhã de hoje (13) na operação Trato Feito.
Mandado de busca foi feito da casa do prefeito, uma vez que, segundo a imprensa burguesa, a investigação aponta que nove empresas pagavam propina mensal para Jacomussi. Além dele, o ex-secretário de governo da cidade, João Eduardo Gaspar, também foi preso. Os gabinetes de 22 dos 23 vereadores do município também foram invadidos pela PF com a desculpa de cumprir mandado.
Essa operação é um desdobramento da operação Prato Feito, que investiga o desvio de verba federal para a compra de merenda escola no estado de São Paulo. Ela também investiga o mesmo tipo de desvio em Minas Gerais, Paraná, Bahia e Distrito Federal.
Embora tenha um pretexto “nobre”, a Polícia Federal na verdade não cumpre os mandados com essa finalidade. Trata-se de uma perseguição política, que vem se ampliando e atingindo políticos em mandato em vários estados, quase todos os dias.
Na semana passada, o governador em exercício do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi preso e encarcerado, restando apenas um mês para o término de seu mandato. Nos últimos dias, outros prefeitos e deputados foram detidos, além de terem sido realizadas ações contra diversos parlamentares.
Tal ação desencadeada em massa não passa de uma técnica de repressão. Ergue-se no Brasil um estado policial, no qual a Polícia Federal, o Exército e o Judiciário (nenhum deles com representantes eleitos pelo povo, e todos ligados ao imperialismo norte-americano) ganham mais poderes e, de maneira ditatorial, suprimem os poderes mais “democráticos” da República, como o Legislativo e o Executivo que, embora formados em sua esmagadora maioria por políticos de direita, ao menos tem um pingo de legitimidade popular, maior do que aqueles órgãos de repressão.