O sítio O Antagonista, porta-voz não oficial dos bandoleiros da Lava Jato, uma operação criminosa teleguiada pelo imperialismo para raptar o Brasil, publicou duas notas ameaçadoras que marcam o perigo de a extrema-direita impor uma ditadura contra o país abertamente. Primeiro, no dia 2 revelaram que a Polícia Federal pediu ao Coaf para fornecer informações sobre as movimentações financeiras de Glenn Greenwald. Uma clara indicação de que Sérgio Moro, o ministro da Justiça do golpista Jair Bolsonaro, pretende usar o aparato estatal para tentar montar um caso contra o jornalista fundador do Intercept, uma perseguição por Greenwald publicar informações que o desagradaram.
Depois, o mesmo Antagonista publicou uma matéria nazista dizendo que a PF estaria “trabalhando silenciosamente” para prender supostos “criminosos” que teriam invadido celulares de procuradores da Lava Jato, o que levaria ao desmantelamento do, nas palavras do Antagonista, “golpe da ORCRIM”, procurando dar a entender que revelar a atuação secreta da Lava Jato seria um “golpe” em algum sentido. Um claro apoio à tentativa de censurar o Intercept e tornar o jornalismo crime sob a ditadura de Bolsonaro, uma ditadura que a direita golpista está procurando estabilizar, consolidar e aprofundar.
Esse caso expõe o perigo que os trabalhadores e a população brasileira em geral correm sob o governo golpista colocado no poder pelo imperialismo. O governo já é extremamente impopular e pretende implantar políticas que inevitavelmente provocarão revolta por todo o país. Diante disso, a resposta que a extrema-direita está preparando é uma ditadura generalizada, com perseguição a todos que se oponham. Até mesmo a um jornalista que não fez nada além de revelar o que a Lava Jato fazia enquanto ninguém estava vendo.
Diante desse perigo, a perseguição a Greenwald deve ser amplamente denunciada e é preciso opor-se a essa perseguição. Essa ameaça aos direitos do jornalista do Intercept revela uma ameaça aos direitos de toda a população, política que vem asfixiando o país progressivamente desde o golpe de 2016. É preciso se mobilizar para reagir às arbitrariedades da direita.