A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou por “dano qualificado” e “atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública” o militante do PT, Saulo Dias, por depredar um veículo da imprensa golpista e de ameaçar alguns repórteres.
No dia 05 de abril, durante ato realizado em frente a CUT-DF, devido a decretação da prisão política de Lula pelo juiz golpista Sérgio Moro, um veículo do Correio Braziliense (versão local do Estadão) foi depredado nas mediações do ato. Surpreendentemente, no laudo do Instituto de Identificação da Polícia Civil, foi reconhecida a digital do militante no carro depredado.
Fato é que no dia havia centenas de pessoas no ato, e possivelmente várias delas tenham deixado impressões digitais em grande parte dos veículos próximos. Isso não indica crime, tampouco “atentado”. Qualquer pessoa que estivesse transitando na localidade poderia ter sua impressão digital no mesmo veículo.
Esse é mais um fato que demonstra a perseguição política aos militantes da esquerda, bem como os reflexos do Estado de exceção. Quem decide o que vai acontecer são determinados indivíduos direitistas.
Estamos assistindo a uma série de decisões completamente arbitrárias do Poder Judiciário, ele mesmo, poder arbitrário por natureza, composto por gente não eleita. São decisões que atacaram os direitos democráticos mais elementares, como a prisão de governadores, a cassação de mandatos eletivos, a perseguição aos opositores políticos do golpe, como a prisão de Lula, etc.
Os trabalhadores devem responder a esta ameaça organizando a luta pela eleição de todos os órgãos do Poder Judiciário, arquivamento imediato de todos os processos de perseguição política, liberdade para todos os presos políticos.