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“Pergunte às vítimas”, diz Bolsonaro sobre Massacre no Pará

Na segunda-feira (29), um confronto dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, deixou 57 mortos. Líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados.

A lista com o nome dos mortos foi divulgada na terça (30), quando Bolsonaro, em entrevista no Palácio da Alvorada, ao ser perguntado por jornalistas sobre “reforçar a segurança no presídio”, respondeu com um coice: “Pergunta para as vítimas dos que morreram lá o que que eles acham. Depois que eles responderem, eu respondo vocês”, disse o presidente.

De acordo com o relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Centro de Recuperação Regional de Altamira está superlotado e em péssimas condições. Antes do confronto, o presídio, que tem capacidade máxima de 200 internos, tinha 111 detentos a mais que sua capacidade, perfazendo um total de 311 amontoados.

No Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, em 1992, houve um massacre pela polícia de 111 presos, a maior quantidade de mortos em um presídio da história. Agora, Altamira vem logo atrás.

Essa é apenas mais um assunto do qual Bolsonaro não entende. E ele não entende que um presidente não diria o que ele disse. Os 57 mortos não estavam por conta própria, estavam sob a guarda do sistema carcerário, eram responsabilidade do Estado, que ele, Bolsonaro, comanda.

No Brasil, 41,5% da população carcerária é composta por presos provisórios. A estrondosa maioria é composta de pretos e pobres. Muitos estão presos justamente por serem pretos e pobres. Se fossem brancos ou ricos não estariam presos.

Assim como o discurso do governo para a economia é sempre a promessa de crescimento e emprego e, na prática, traz desmonte da indústria, paralisação do comércio, informalidade trabalhista e desemprego em massa (12,9 milhões de brasileiros estão desempregados, mais 4,9 milhões de desalentados), o discurso de diminuição da criminalidade também, num contexto de estagnação econômica e ataque aos direitos da classe trabalhadora e até à aposentadoria, a tendência é que a violência social cresça.

A justiça de Bolsonaro é dizimar a população carcerária e reprimir o povo pobre e o povo negro nas favelas. Se as mortes são em decorrência da ação de uma facção criminosa contra outra, em um presídio controlado pelo Estado, tudo bem, adianta o serviço. Se Bolsonaro pudesse fazer isso legalmente, ele autorizaria agentes do estado a liberarem o mata-mata.

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