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Crise econômica

Perda de investimentos ameaça balanço de pagamentos

Desinvestimento de multinacionais brasileiras no exterior bate recorde no segundo trimestre de 2020, com repatriação de US$ 30,6 bilhões.

A repatriação de investimentos das multinacionais brasileiras no exterior bateram recorde no segundo trimestre de 2020, com montante de US$ 30,6 bilhões. Pela cotação do dia 29 de julho o volume atinge cifra próxima a R$ 160 bilhões. Esse é um fluxo de capital sem precedentes históricos em um período tão estreito, o montante de R$ 160 bilhões de contabilizado é o valor líquido já descontado o capital em fuga de nossa economia.

Esse processo de regresso de capitais se dá por várias motivos, um deles é a liquidez no caixa nacional dessas multinacionais, processo similar ao acontecido em outras recessões, mudando a intensidade. Enquanto a recessão de 2015/2016 tornou necessários 31 meses para alcançar o valor de US$32 bilhões em repatriações, o processo atual é tão intenso que a fuga de investimentos internacionais do país bateu um recorde de US$50,9 bilhões nos últimos doze meses, sendo a maior saída acumulada em toda série histórica. Só nos meses de março, abril e maio de 2020 foram US$31,7 bilhões.

Outros atrativos para essa repatriação de capitais são a ociosidade dos capitais nos mercados externos. Em razão da pandemia, a alta liquidez nos mercados internacionais, as baixas taxas de juros, bem como os ganhos cambiais decorrentes da taxa atual e a forte possibilidade de queda do dólar em razão das incertezas eleitorais nos Estados Unidos da América.

Essa repatriação ocorre por várias formas, seja pela transferência do lucro obtido pelas multinacionais brasileiras no exterior que, que no período observado somaram US$6,8 bilhões. Seja via transferências feitas na forma de empréstimos das filiais a suas matrizes no Brasil, que totalizaram US$3,8 bilhões no período ou por venda de participações em negócios no exterior que totalizaram US$19,9 bilhões no período.

Segundo o professor do Insper, Roberto Dumas: “As empresas estão buscando neste momento um balão de oxigênio. Quando a pista for reaberta, ou seja, quando a economia voltar com força, elas querem ter condições de decolar. Então, a ideia por trás dessas transferências não é trazer recursos para a realização de investimentos por aqui. É para manter o capital econômico intacto num período de travessia”. 

Em decorrência da crise econômica as reservas internacionais do Brasil estão evaporando, as reservas que em junho de 2019 somavam-se US$390,5 bilhões, em abril de 2020 caiu para US$ 339 bilhões. Essas operações têm impedido uma elevação ainda maior do dólar em relação ao real, mas há o custo da perda de investimentos. Ainda assim, as incertezas levaram a moeda brasileira a uma desvalorização histórica. Pela rapidez com que essa “gordura” vem se perdendo e a falta de perspectiva melhores no cenário econômico dão forte indicativo de que a crise brasileira ainda está longe do seu pontencial destrutivo.

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