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Atleta do século

Pelé, o Rei reconhecido no mundo, atacado no Brasil (Parte 1)

A cada aniversário do Rei do Futebol, surgem críticas de todos os lados procurando retirar a coroa do negro esportista mais conhecido e reverenciado do mundo

No último dia 23 de outubro, o mineiro Edson Arantes do Nascimento, conhecido mundialmente pelo pseudônimo Pelé, o Rei do futebol completou 80 anos, com homenagens em todas as partes do mundo. Os feitos do Rei são incomparáveis, entre eles os 1.281 gols em 1.363 partidas. Fez sua estreia no clube do Santos, em 1956, aos 16 anos, e só saiu do time quando tinha 34 anos, se transferindo ao Cosmos de Nova York nos EUA. Conquistou mais de 10 campeonatos paulistas, 6 campeonatos brasileiros, 2 Libertadores, 2 copas Intercontinentais e 4 copas Rio-São Paulo pelo alvinegro praiano. Assim como no Santos, estreou na Seleção Brasileira com apenas 16 anos de idade e se aposentou dela em 1971. Ganhou 3 Copas do Mundo, sendo o jogador que mais venceu a competição e, com 77 gols, foi o maior artilheiro da Seleção, considerado por muitos como o maior jogador da história da equipe. Liderado por Pelé, o Santos parava uma guerra na África, em 1969, mais especificamente na Nigéria. Ao lado de Garrincha foi a única dupla do futebol mundial que junta nunca perdeu uma única partida de futebol.

Foi eleito em uma premiação única criada pela FIFA, o Jogador do Século pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) e foi um dos dois vencedores conjuntos do prêmio Melhor Jogador do Século da FIFA, juntamente à Diego Maradona. O brasileiro ganhou o prêmio com base em votos de um colégio de eleitores composto por membros da FIFA, jornalistas e treinadores do mundo inteiro, enquanto o argentino ganhou o prêmio apenas com base numa pesquisa de internet.

Em 1999, Pelé foi eleito Atleta do Século pelo Comitê Olímpico Internacional.

Tais feitos de Pelé somente explicam o porquê de toda reverência mundial recebida a cada aniversário, tanto das maiores personalidades do esporte, como da cultura, da política e até da ciência.

No entanto, também, há décadas aqui no Brasil, a cada aniversário do Rei, se levanta também uma enxurrada de críticas relacionadas a sua vida fora dos campos de futebol e em sua família. Que, no entanto, caminham juntas às críticas da direita (reforçadas pontualmente por críticas da esquerda pequeno burguesa) contra o melhor jogador de futebol de todos os tempos e que objetivamente visam atingir o negro Pelé e os feitos deste que elevou no campo esportivo brasileiro, a auto estima brasileira, assim como a do povo negro em nosso país.

Todo ataque a Pelé reflete interesses imperialistas e da grande burguesia nacional. Nós ficamos do lado dos interesses nacionais que tem importância para o povo, seja no aspecto econômico, social ou cultural como o futebol. Ao longo dos anos muitas críticas à Pelé logo se transformavam em críticas morais, procurando justificar que o título de Rei (Lembrando a um homem negro), não lhe caberia, pois demorou a reconhecer a paternidade de um dos filhos, não combatia a ditadura (no entanto, o próprio Pelé foi submetido ao monitoramento da ditadura militar brasileira (1964-1985). A estrela diz que se recusou a jogar a Copa do Mundo de 1974 porque o regime “estava exigindo demais do povo”), entre várias outras questões.

No caso do Rei, suas contribuições que ajudaram, em que pese ser no campo esportivo, juntamente com a constelação de craques da década de 50, 60, 70 a tirar ou minimizar a síndrome de vira-latas (este termo foi usado pelo escritor brasileiro Nélson Rodrigues) das costas do povo, imputado pelos estrangeiros ao país. Isso serviu para elevar a autoestima do povo.

Do ponto de vista da autoestima do brasileiro e de que os países imperialistas e suas classes burguesas no campo esportivo e em outros odeiam o Brasil e nosso povo, para eles é uma enorme derrota um país subdesenvolvido ser cinco vezes campeão do mundo. Para o imperialismo, o Brasil, país subdesenvolvido e latino nunca deveria ter ganho.

Os povos de outros países especialmente os oprimidos e negros amam  Pelé e o futebol brasileiro, pois veem que foi quem desbancou o nariz empinado dos imperialistas sobre povos oprimidos. Não à toa Pelé paralisou a Guerra do Nigéria, para que um povo negro em Guerra pudesse vê-lo.

Uma prova do reconhecimento do Rei, também é o Santos FC, no Brasil e no mundo há uma profusão de times com o nome Santos,um total de 39 equipes homônimas. Só no Brasil, além do clube do litoral paulista, existem nada menos do que dez outros em Macapá (AP), Alegrete (RS), Fortaleza (CE), Barra de São Francisco (ES), João Pessoa (PB), Toró (SP), São Borja (RS), São Martinho (SC), Taquara (RS) e Porto Velho (RO).

Recentemente, a imagem de um menino sírio, Khamis Alghajar, de sete anos, chamou atenção nas redes sociais em todo o mundo esportivo. Ele postou fotos utilizando a camisa do Santos na Síria, sua terra natal. Khamis perdeu parte da perna direita durante a guerra em uma explosão que também destruiu a casa onde sua família vivia. “Na Síria, nós amamos o Brasil, o amor por esportes é muito brasileiro. O Santos vem nos divertindo muito e descobre vários grandes jogadores. Pelé é um super jogador. O Santos é muito famoso aqui. O prazer do futebol existe no Santos”, disse Khamis.

O exemplo de Khamis é um, na infinidade de reverências que recebeu Pelé na última semana  que continuaremos amanhã, para defender o negro Pelé e o futebol brasileiro.

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