Nessa segunda-feira (12), professores, alunos e pais do tradicional do Colégio Pedro II, foram à porta da sua unidade 2, localizada na Tijuca II, no Rio de Janeiro, e realizaram uma combativa manifestação contra o ato convocado pelo grupo reacionário e ultradireitista MBL (Movimento Brasil Livre) que queria fazer no local um ato contra os professores do Colégio, em defesa da censura, como propõe a direita bolsonarista.
De forma correta, inúmeras pessoas atenderam ao chamado feito por Educadores em Luta/PCO e reproduzido por este Diário, para não permitir que meia dúzia de direitistas com apoio da PM e da Guarda Municipal realizam uma atividade de provocação contra centenas de professores e funcionários e a imensa maioria dos estudantes do Pedro II que são um centro importante da luta contra a destruição do ensino público e de defesa dos direitos democráticos da juventude e de todo o povo.
Os “coxinhas” foram para lá com meia dúzia de provocadores e um carro de som. Mas, diante do repúdio de quase todos os integrantes da comunidade escolar (a maioria dos estudantes e docentes foi impedida pela direção do Colégio de sair para participar do ato em defesa dos professores), os direitistas bateram em retirada, inclusive, deixando para trás o carro de som contratado.
Toda essa mobilização se deu a partir do anuncio dos direitistas de que iriam realizar um ato em frente ao Pedro II, às vésperas do fim de semana. Em menos de 24 horas ocorreu uma rápida mobilização de grupos antifascistas, de defesa dos professores, das escolas públicas, dos sindicatos e do PCO, que levou à frente do Colégio Pedro II, uma quantidade de pessoas que superava várias vezes o número de alucinados do MBL.
O exemplo do Pedro II, precisa se generalizar para todo o País. Os defensores do fascismo, da censura e perseguição dos professores nas escolas são uma minoria que pode e dever ser derrotada por meio da mobilização da comunidade escolar.
Em todas as escolas deve ser criada um Comitê de Luta de professores, funcionários, estudantes e pais, para mobilizar – imediatamente contra qualquer ameaça dos direitistas e em defesa das reivindicações em defesa do ensino público e contra os ataques dos golpistas.
Estes comitês precisam ter reuniões regulares, organizar atividades de campanha contra os ataques da direita em todas as regiões, debater a situação na escola e em todo o País e se vincular ao movimento geral de luta contra o golpe. Neste sentido, é fundamental a participação de todos na II Conferência Nacional de Luta Contra o Golpe e o Fascismo, a ser realizada em São Paulo, no dias 8 e 9 de dezembro.