Uma característica bem conhecida da direita brasileira é a de atacar os pobres, seja pela lei, seja fora da lei. É um ódio de classe tremendo dos condomínios de ricaços contra as favelas. Em São Paulo, nas mãos do PSDB, através de Doria, ou Bruno Covas, os pobres sofrem as mais horrendas atrocidades.
A última delas, embora não seja nenhuma novidade, foram as pedras colocadas sob o viaduto Dom Luciano Mendes de Almeida, na avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé. Para quem olha os viadutos com mais calma, logo se percebe que existem pedras sob eles nos mais variados locais de São Paulo.
A finalidade é uma só: expulsar os moradores de rua, que se abrigam sob os viadutos, montam suas barracas, colocam seus colchões e buscam se abrigar na cidade que possui uma quantidade enorme de prédios abandonados, mas protegidos pela justiça e pela burguesia.
Ao ver essa cena, é fácil concluir que não há nenhuma preocupação com o povo vinda de gente como João Doria e outros golpistas. O que me leva à questão da vacina, que, para eles, não tem o objetivo de imunizar a população, mas tão somente fazer politicagem. Na hora de vacinar os pobres, será mesmo que eles estão preocupados com a saúde do povo? Enfim.
Eles, os políticos da direita, a burguesia, se apresentam como pessoas racionais, que estariam preocupados com as condições sociais da população. Quantos não fizeram caras tristes nas coletivas de imprensa sobre a pandemia? Mas a realidade denuncia. As pedras debaixo das pontes resumem a política dessa gente. Se pudessem, na verdade, atiravam pedras contra os mendigos, contra os moradores de rua. Linchavam os pobres e negros, como também já aconteceu aqui.
O governo coloca pedras sob os viadutos. Move toda a máquina estatal para conseguir verbas para comprar e instalar pedras, e as utilizar contra mendigos. Instigados, animados com isso, grupos de fora do governo resolvem atear fogo contra moradores de rua em uma demonstração de selvageria medieval, algo que vimos crescer consideravelmente no período após o golpe de Estado. É contra esse tipo de gente que deveríamos lutar.
Porém, ao mesmo tempo, chama atenção a questão da frente ampla, a frente da esquerda com os golpistas de outrora para, supostamente, derrotar Bolsonaro. Essa frente que foi composta no Congresso Nacional, por elementos de esquerda junto com pessoas que colocam pedras sob viadutos, para espantar os mendigos. E que, como saída política contra Bolsonaro, naufragou vergonhosamente.
Quem ataca os moradores de rua, quem, sem dar moradia, pelo contrário, coloca pedras sob viadutos, merece o mais profundo desprezo e o ódio do povo, que, um dia, irá devolver esses ataques, derrubar a direita racista, acabar com o regime dos golpistas, sem deixar pedra sobre pedra.