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Retrospectiva 2020

PCO realizou atos Fora Bolsonaro por 24 semanas consecutivas

Guiado pela doutrina marxista, que ensina que a mobilização independente dos explorados transforma a história, o PCO convocou atos por 24 semanas consecutivas.

No começo de 2020, o Partido da Causa Operária lançou a campanha de mobilização pelo Fora Bolsonaro. A luta contra o golpe de Estado, o fascismo e ameaça de golpe militar foram prioridades da atividade política no decorrer deste ano.

O PCO não ficou esperando a esquerda sair de sua paralisia e atividade parlamentar. Não ficou em casa no contexto da pandemia do coronavírus, quando a campanha da imprensa capitalista e da burguesia pelo #FiqueEmCasa ecoava em amplos setores da esquerda. Pelo contrário, os militantes partidários mergulharam nos bairros operários do País, com a finalidade de organizar a população em Conselhos Populares, de forma criar um instrumento de pressão sobre os governos.

O fechamento dos sindicatos e abandono dos trabalhadores em meio aos ataques do governo Bolsonaro e dos golpistas foi denunciado sistematicamente pela imprensa do PCO. Desde que teve início da pandemia, a burocracia sindical resolveu tirar férias e deixar os trabalhadores à própria sorte, sem nenhum meio real de defesa de seus interesses. Naturalmente que a direita se aproveitou da situação e avançou naquilo que considerava fundamental, com corte de salários, demissões e flexibilização da legislação trabalhista.

Em geral, as lideranças dos partidos de esquerda se recusaram a tomar às ruas contra o governo Bolsonaro. A aceitação da palavra de ordem Fora Bolsonaro se deu somente de modo verbal, sem organizar mobilizações. Quando foi às ruas, empurrada pelo movimento das torcidas contra os fascistas em São Paulo, a esquerda pequeno-burguesa se comportou como um corpo de bombeiros da direita, no sentido de impedir os enfrentamentos e desmobilizar. Guilherme Boulos (PSOL) fechou um acordo com a Polícia Militar para revezamento de atos na Avenida Paulista e deslocou os atos para o Largo da Batata. Por sua vez, o Somos Democracia, encabeçado por Danilo Pássaro (PSOL), atuou como um agente da direita para desmobilizar e impedir que os atos de rua adquirissem uma fisionomia política definida, com bandeiras vermelhas e Fora Bolsonaro.

A esquerda capitulou em diversos momentos frente à direita fascista e aos golpistas. Em virtude de sua incapacidade de mobilização, teve início um movimento de adaptação ao bolsonarismo, com a mudança de cores do vermelho para o verde-amarelo. Nas eleições municipais, não foram poucas as alianças dos partidos de esquerda com os partidos bolsonaristas, como o Partido Social-Liberal (PSL), Republicanos, Democratas (DEM).

Diante deste cenário de capitulação, o Partido da Causa Operária convocou atos pelo Fora Bolsonaro na cidade de São Paulo e em diversas capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Acre, Salvador. O partido compreendeu claramente que a iniciativa de mobilizar tinha que ser tomada, mesmo que fosse isoladamente. Coletivos, movimentos sociais, sindicatos e os partidos de esquerda foram convidados a participar. Os atos buscaram denunciar o avanço da extrema-direita no regime político, o abandono da população em meio à pandemia, a cassação de direitos democráticos e salientar que somente a mobilização de massas pode ser uma alternativa real para derrotar a direita golpista e os fascistas.

Os atos ocorreram durante 24 semanas consecutivas. Militantes partidários espalhados por todo o país participaram nas capitais e nas cidades do interior. A independência de classe é o elemento fundamental para a existência de um partido operário e revolucionário. Se os demais setores que se dizem de esquerda e falam em nome dos trabalhadores se recusam a mobilizar, o Partido da Causa Operária leva a luta adiante e não admite capitulações.

A mesma esquerda que criticava o PCO por realizar mobilizações no contexto da pandemia, quando era necessário ficar isolado em casa (como se os trabalhadores pudessem fazê-lo), foi às ruas no período eleitoral. Isto demonstrou que a esquerda somente age em função das eleições, pois muitos cargos na burocracia do Estado estavam em jogo.

As campanhas pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas e Lula Presidente foram centrais na atividade política de norte a sul do país e no exterior. Os atos demonstraram que é possível mobilizar, que as direções políticas da esquerda procuram impedir as mobilizações. No caso das torcidas, até mesmo um acordo com a extrema-direita, a Justiça bolsonarista de São Paulo e a  sanguinária Polícia Militar foi levado a cabo para obstaculizar a mobilização popular.

É importante destacar o apelo popular das campanhas desenvolvidas pelo Partido da Causa Operária, que tocam nas questões centrais da luta política no país. O Fora Bolsonaro e todos os golpistas tem ressonância em amplas parcelas da população, na classe operária, na juventude, entre as mulheres, negros, no movimento operário e sindical. A campanha pelo direito de Lula ser candidato em 2022 penetra profundamente na consciência da população, que reconhece a eleição farsesca de 2018, realizada com a prisão do primeiro colocado nas pesquisas eleitorais.

A história da luta de classes em nível mundial ensina que as mudanças verdadeiras foram frutos da mobilização independente das massas exploradas. Na qualidade de partido guiado pela doutrina marxista, o PCO buscou aplicar na prática esse ensinamento. Os atos por 24 semanas consecutivas foram resultado da fé na mobilização das massas como a única maneira de transformar a sociedade.

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