No último domingo (25), o Partido da Causa Operária realizou mais um ato de rua pelo Fora Bolsonaro e pela candidatura do ex-presidente Lula em 2022. Desta vez, a manifestação foi na Avenida Paulista, contando com a participação de militantes de diversas regiões de São Paulo e até mesmo de Brasília que distribuíram os materiais de campanha do partido, incluindo adesivos e panfletos. Confira as fotos abaixo:
O ato contou com a participação da Bateria Zumbi dos Palmares, animando a manifestação e puxando palavras de ordem como “Fora Bolsonaro”, “Nossa bandeira sempre será vermelha” e demais frases características da política do partido. Além disso, a loja do PCO também estava presente, expondo camisetas, canecas, bottons, e diversos produtos estampados com o Fora Bolsonaro.
Durante a realização do ato, o companheiro Augusto Rolin, militante da corrente Educadores em Luta e candidato à vereador em São Paulo, fez uma intervenção, ressaltando a problemática da volta às aulas que, neste momento, se aproxima cada vez mais de nossa realidade com o aprofundamento da crise econômica. Ademais, a companheira Simone Cristina, candidata à prefeitura de Santo André e militante do coletivo de mulheres do PCO, Rosa Luxemburgo, denunciou a questão do aborto no Brasil e, além disso, a necessidade da formação de comitês de auto-defesa por parte das mulheres brasileiras, única forma real de mudar a situação da mulher dentro da sociedade capitalista.
Também estava presente no ato o companheiro Antônio Carlos, indicado pelo PCO à concorrer pela prefeitura de São Paulo e levar a política do partido às eleições municipais da principal cidade do País. Em sua intervenção, Toninho, como é conhecido, denunciou a política genocida que tem sido levada por Bolsonaro, Dória e Covas. Denunciou firmemente a farsa das eleições e colocou que a única solução é a mobilização popular, convocando todos os trabalhadores a se juntarem ao PCO na luta pelo Fora Bolsonaro.
Desde o começo da pandemia, a esquerda pequeno-burguesa tem levado à frente a infame política do Fique em Casa. Enquanto a população precisava trabalhar e, consequentemente, contrair o coronavírus, sindicatos, organizações e partidos de esquerda fechavam as suas portas, deixando a classe operária à mercê da boa vontade do governo genocida de Bolsonaro. Todavia, seguindo sua tradição de luta, o PCO se mostrou como alternativa à essa política pelega, organizando e convocando atos presenciais semanalmente para, de forma efetiva, impulsionar sua campanha pelo Fora Bolsonaro.
O que precisa ficar claro é que essa política da esquerda não passa da mais pura demagogia. Afinal de contas, agora, com o início do período eleitoral, absolutamente todos os setores que antes defendiam o “Fique em Casa” com unhas e dentes foram às ruas, mas com um propósito completamente diferente do que o PCO propõe. Fica claro que a preocupação destes elementos é unicamente com as eleições e com o desenvolvimento da Frente Ampla para angariar o maior número de fotos possível. Nesse sentido, não só escondem a palavra de ordem do Fora Bolsonaro como a rejeitam, visando garantir apoio dos setores golpistas da política brasileira.
Finalmente, a única saída para a atual crise é por meio da mobilização popular. Somente o povo nas ruas pode barrar o aprofundamento do processo golpista no país. A ilusão de que as eleições resolvem qualquer um destes problemas não é só estúpida como também nociva à organização da classe operária. Afinal de contas, é simplesmente impossível, por definição, querer mudar o capitalismo por dentro no momento em que o parlamento é completamente dominado pela burguesia. A esquerda pequeno-burguesa precisa acabar com seu cretinismo eleitoral e rejeitar a política da burguesia, não se colocar à reboque desta. Somente com a unificação da esquerda em torno da candidatura de Lula é que conseguiremos realizar mobilizações fortes o suficiente para acabar com o golpe e, finalmente, derrotar os golpistas.