O Partido da Causa Operária (PCO) lançou candidatos em quase todas as capitais do País. Em Boa Vista, capital de Roraima, o partido lançou para concorrer à prefeitura o militante Wilson Précoma e, como vice, a companheira Lila Saldanha.
Wilson Précoma tem 65 anos e é advogado e procurador. Ele já atuou por 30 anos defendendo a causa dos indígenas – um grupo social que está profundamente sendo atacado durante o golpe e o governo de Jair Bolsonaro. A direita cometeu centenas de assassinatos de indígenas para levar adiante seus interesses, que vão desde a tentativa de destruição da Floresta Amazônica pelo extrativismo e as queimadas até as manobras para barrar a demarcação das terras.
Os povos indígenas foram também muito afetados pela política genocida de Bolsonaro em meio à pandemia, com milhares de mortos e centenas de milhares de infectados. Aldeias inteiras foram afetadas e não tiveram o devido suporte que deveria ser garantido a todos pelo Estado, com Bolsonaro prejudicando o acesso dessas comunidades a água e outros recursos.
Por mais que essa situação tenha se agravado com o golpe, a situação não só do indígena, como de toda a população rural, sempre foi muito difícil no Brasil. É nesse meio, nas terras sem leis brasileiras, controladas pelos latifundiários, que Wilson começou sua atuação política.
Ele tornou-se militante do PCO pela necessidade de ir às ruas para lutar contra todos os ataques do governo Bolsonaro contra a população e para reivindicar os direitos do povo trabalhador e dos explorados.
Lila Saldanha, candidata a vice prefeita, é indígena, técnica de enfermagem e candidata do PCO para defender o programa de luta do partido e do coletivo de mulheres Rosa Luxemburgo.
Como se percebe, o PCO não é um partido burguês que lança políticos tradicionais nas eleições. Os candidatos do partido são todos, sem exceção, militantes e/ou trabalhadores. O caso de Roraima expressa bem isso. Lila é uma profissional da saúde, uma das categorias mais afetadas pela pandemia do novo coronavírus, e militante contra o golpe e pelos direitos das mulheres. Já Wilson também é militante e atua na área indígena, extremamente importante, principalmente no Norte do País.
Nos partidos burgueses e pequeno-burgueses, são políticos profissionais ou semi-profissionais que são lançados, não efetivamente os militantes do partido (até porque esses não são partidos militantes, mas sim eleitoreiros e fisiológicos).
Nesses partidos, os candidatos são candidatos de si mesmos, têm sua própria campanha (logotipo, tema, cores, etc.), suas próprias formas de arrecadação financeira (o que permite que os candidatos mais vinculados à burguesia tenham mais chances que candidatos sem essa vinculação, como ocorre no PSOL, no PT, etc.) e suas próprias políticas. São partidos de candidatos.
Já no PCO, os candidatos são do partido, centralizados por ele em todas as suas formas. Além de todos os candidatos serem militantes, a campanha financeira é centralizada e é utilizada de maneira racional: quem precisar de mais, tem mais – o que impossibilita que os candidatos do partido sejam controlados financeiramente por grandes capitalistas. Da mesma forma, o programa é o mesmo. Todos os candidatos do PCO defendem o mesmo programa, o que foi aprovado coletivamente em sua conferência eleitoral.
Assim, isso evita que o partido tenha candidatos que possam ser capturados pela burguesia, como ocorre no PSOL e no PCdoB que este ano, inclusive, estão lançando candidatos abertamente bolsonaristas.
Fica claro então que o PCO é um partido controlado por seus militantes, pela base. E não um partido controlado por parlamentares, onde aquele que tem mais aliados nos grandes capitalistas controla a organização. Nas eleições, os candidatos são instrumentos do partido, e não o contrário.
Os militantes do PCO vão às ruas denunciar a fraude eleitoral, defender reivindicações dos trabalhadores (como aumento do salário mínimo, contra as privatizações, etc.), criticar a política de aliança com golpistas e assim por diante. A campanha do partido é nas ruas, nos bairros, nas fábricas e outros locais de trabalho.
Ademais, vai às ruas para defender todos os explorados e oprimidos da sociedade. Chamar os negros, as mulheres, os operários, os estudantes etc. a se organizarem na luta revolucionária, a participarem da construção do partido.
Vale destacar também que, nessas eleições municipais de 2020, o Partido da Causa Operária (PCO) demonstrou o enorme crescimento do partido pelo número de candidaturas lançadas em diversas cidades e quase todas as capitais do País. Esse número revelou um crescimento com relação aos anos de eleições anteriores.
Esse avanço se dá devido à política acertada e coerente do partido durante os últimos anos, com grandes campanhas pela anulação do impeachment da presidenta Dilma, pela liberdade e defesa dos direitos políticos de Lula, pelo “Fora Bolsonaro e todos os golpistas” e pela luta constante contra o avanço do golpe de estado e do fascismo no Brasil.
O PCO lançou candidatos em 20 capitais dos estados brasileiros. Vote e lute com o PCO! Trabalhador vota em trabalhador: quem bate cartão, não vota em patrão!