O 57º Congresso da UNE revelou que o PCdoB e sua juventude, UJS, estão dispostos, apesar de toda mobilização dos estudantes, a realizar mais do mesmo: uma política de paralisação total diante da crise do governo Bolsonaro. O objetivo do PCdoB é manter a entidade engessada.
Isso tem um propósito muito claro, percebido durante o Conune: não permitir o avanço da polarização para o partido continuar realizando seus conchavos políticos. Conchavos esses que ficaram muito claro durante o Conune, como foi dito acima. Convidaram golpistas e inimigos declarados da população como Ciro Gomes e Renildo Calheiros, oligarcas do Nordeste, foram convidados – o primeiro arregou.
No primeiro dia, o DCE da Universidade de Brasília controlado pela direita, ligado ao MBL, foi permitido de falar. O PCdoB, inclusive, chamou o Congresso na própria UnB, controlada pela direita, o que em si já é muito estranho. Mas não é só isso; até o homem das petrolíferas e dirigente do golpe de 2016, José Serra (PSDB), foi convidado para o Congresso.
É por essas questões que realizam Conunes putrefatos, com mais festas que política. Uma política que apesar de totalmente apodrecida se mantém por conta dos esquemas, manobras e – justamente – dos conchavos realizados pelo PCdoB.
O PCdoB manda na UNE como um monarca que reina sobre seu império. A UNE é o império do reino PCdoBista – e o Conune, o processo de fachada que legitima a política de contenção do movimento estudantil.
Mesmo com nova diretoria e uma situação política mais polarizada e radicalizada, a tendência é a manutenção da mesma política putrefata, uma política de tipo oportunista frente à ameaça da extrema-direita.