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"Frente Ampla"

PCdoB acredita na luta “democracia x fascismo”, não na luta de classes

PCdoB ataca a esquerda e os governos petistas para justificar sua política de aproximação com os maiores inimigos do povo brasileiro

Em artigo publicado no portal Brasil 247, o secretário da representação do governo do Maranhão em Brasília e também ex-presidente da União Nacional dos Estudantes, Ricardo Capelli, busca justificar a necessidade da formação de uma “Frente Ampla”, que teria o objetivo de “unir todos contra um suposto mal maior”, representado pelo presidente fraudulento e fascistóide Jair Bolsonaro, a quem o autor atribui a responsabilidade pelo “retrocesso civilizatório” que estaríamos vivenciando no País. O colunista (não confundir com comunista) acrescenta ainda que “cabe à oposição fazer de tudo para derrotar o inimigo principal” (Sítio Brasil 247, 24/01).

Ainda que pareça meio difícil de acreditar, as frases (absurdas) a seguir, entre aspas, foram escritas por um representante da “esquerda” nacional, mais precisamente por um integrante do PCdoB; vejamos: “Se o emprego precarizado não é o melhor dos mundos, muito pior é o desemprego”. “O país quebrou nas mãos da esquerda com duas quedas de PIB históricas”. “O desemprego explodiu com Dilma”. Não temos outra coisa a dizer senão que Bolsonaro, os golpistas e a extrema direita encontraram um aliado fiel na “esquerda”, Ricardo Capelli, representante do governador Flávio Dino (PCdoB-MA) em Brasília. Capelli ataca a ex-presidente Dilma Rousseff, que foi vítima de uma intensa e hedionda campanha de ataques e calúnias por parte de toda a extrema direita fascista, afirmando que sob o governo da petista o “desemprego explodiu”. Sobre o emprego precarizado, que explodiu depois da “reforma trabalhista” (destruição de direitos e conquistas consagrados na CLT), o colunista ex-presidente da UNE afirma não ser pior que o desemprego(!!!). Gostaríamos de dizer ao senhor Ricardo Capelli que os dois flagelos (trabalho precarizado e desemprego) são o resultado do golpe de Estado, da ofensiva da extrema direita, do grande capital e do imperialismo contra as massas populares, contra os trabalhadores, contra a soberania nacional, contra os interesses do povo brasileiro.

No entanto, o mais inacreditável surge no momento em que Capelli afirma que “o País quebrou nas mãos da esquerda com duas quedas de PIB históricas”. O colunista nem se dá conta que esta é a ladainha mais repetida pelos bolsonaristas, pela extrema direita e por toda a corja golpista nacional, que buscou justificar o impeachment fraudulento (golpe de Estado) contra o governo eleito, repetindo a cantilena que o “PT quebrou o País”. Um grande serviço prestado pelo PCdoB ao golpismo e uma grandiosa homenagem ao “retrocesso civilizatório” bolsonarista.

Depois deste festival de baboseiras e de tributos e honrarias prestadas ao nazifascismo de Bolsonaro, o colunista apresenta sua receita para livrar o País da “ameaça fascista e do retrocesso civilizatório”: A formação de uma “Frente Ampla” para salvar a democracia, “que seja capaz de aglutinar os mais variados setores contra Bolsonaro”. Perguntamos: Quem irá salvar a democracia? A “Frente Ampla”, formada pelos inimigos dos direitos democráticos do povo brasileiro? Os partidos que dão sustentação ao bolsonarismo no Congresso Nacional e que viabilizam a política de ataques selvagens de Paulo Guedes contra os direitos democráticos da população? O PSDB, de FHC e/ou o DEM, de Rodrigo Maia?

Não tem sustentação na realidade e é falsa a polêmica que o representante do PCdoB em Brasília quer estabelecer entre democracia x fascismo, pois sob as bênçãos da “democracia” que todo o processo golpista foi engendrado e levado adiante contra o governo eleito em 2014. A luta que se coloca de forma muito clara e transparente hoje, sob o regime golpista, está marcada pelo enfrentamento entre exploradores e explorados, entre a maioria da população e uma ínfima minoria de espoliadores golpistas (capitalistas) que querem esfolar a população para garantir seus lucros às custas do sofrimento e da tragédia vivenciada cotidianamente por milhões de almas em todas as regiões do País.

Numa só palavra: Luta de classes. Este é o embate fundamental que se trava hoje no Brasil, e sob o qual a luta e o enfrentamento contra o governo pró-imperialista deve ser organizado e levado adiante. Nenhuma luta fora das ruas e praças, por fora do movimento vivo e real da luta de classes pode abrir qualquer mínima perspectiva progressista para o País; pode derrotar o fascismo; pode derrotar a “ameaça civilizatória” ou qualquer outra ameaça contra o povo brasileiro. Nenhuma “Frente (eleitoral) Ampla” será capaz de impor uma verdadeira derrota aos golpistas, à extrema direita e ao imperialismo. Portanto, “Fora Bolsonaro”; fora todos os golpistas; anulação de todos os processos contra o ex-presidente Lula; ocupar as ruas de todo o País numa grande campanha contra os inimigos do povo trabalhador.

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