O general Eduardo Pazuello, ex-ministro da saúde do governo Bolsonaro, vai ocupar um novo cargo no governo. O general foi nomeado nesta terça-feira (1) para o cargo de Estudos Estratégicos da Secretária de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, diretamente subordinada a Bolsonaro.
A nomeação vem após uma crise no Alto Comando das Forças Armadas envolvendo o general. Pazuello depôs na Comissão de Inquérito Parlamentar sobre a pandemia, a CPI da pandemia. O Alto Comando temia que a vinculação do general e ex-ministro as mortes por Covid-19 pudessem atingir a imagem da instituição. A CPI, completamente incompetente e sem direcionamento político claro, deixou, no entanto, que o general e ex-ministro, completamente comprometido com a matança que se operou no país com a Covid-19 por conta da política seguida pelos governos, se safasse.
Essa nomeação mostra o quão Bolsonaro está à vontade com a CPI, que não faz cócegas no presidente fascista.
Pazuello ainda participou de um ato em apoio a Bolsonaro no Rio de Janeiro, subindo inclusive no carro de som junto a Bolsonaro, um claro desrespeito ao código militar que proíbe que um militar da ativa se manifeste publicamente em questões político-partidárias sem permissão.
O fato gerou desconforto no Alto Comando, falou-se até em punição ao general. Mas a nomeação de Pazuello para uma nova secretaria mostra que o alto escalão está fechado com Bolsonaro, pois a secretaria é comandada por um militar da ativa, o almirante Flavio Augusto Viana Rocha.