Os patrões do ramo metalúrgico estão querendo enfiar a faca nos trabalhadores, querem impor aos trabalhadores a medida provisória que podem deixa-los os praticamente sem salários.
Conforme a Federação dos Sindicatos de metalúrgicos ligados à Central Única dos Trabalhadores, a FEM-CUT mais de 70% dos 200 mil trabalhadores, espalhados por todo o estado de São Paulo, que corresponde a sua base, ou seja, em torno de 120 a 130 mil metalúrgicos que estão parados, em férias coletivas desde o dia 30 de março último e ficaram até o dia 12 de abril nessa condição.
No entanto, empresas desse setor de produção, como o setor de autopeças, por exemplo, estão querendo “negociar” com os sindicatos com base na Medida Provisória 936/2020, ou seja, à MP que pode confiscar os salários dos trabalhadores em até 70% de seus salários sancionados pelo fascista Jair Bolsonaro.
Segundo o presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias (Luizão), antes da situação da crise criada em consequência do coronavírus, os patrões, que esfolam os trabalhadores para obter altos lucros, já vinham querendo cortar na carne dos trabalhadores, os custos, ou seja, reduzir a folha de pagamento. Agora o que Bolsonaro resolveu com a MP 936, matar o povo de fome, foi a deixa para os patrões, financiadores do golpe no país, aproveitarem a deixa e desta forma, realizarem a matança, não pelo vírus, mas pela fome.
De acordo com a Federação dos Metalúrgicos, a reuniões com os patrões começaram ontem (06) e deve durar até o final de semana e seu posicionamento “será de resguardar a vida e a saúde dos trabalhadores, bem como seus salários”.
Conforme o presidente da FEM-CUT, não deverá ocorrer redução na jornada de trabalho, ou seja, “manter o trabalhador fora da empresa”.
Embora o presidente da FEM-CUT afirmar que, caso haja suspensão e que os trabalhadores deverão receber os salários sem nenhuma redução e deu um exemplo, de um trabalhador que receber R$ 5.000,00, com os descontos receberá R$ 3.800,00 sem nenhum outro desconto. Luizão afirma que Medida Provisória 936/2020, que pode levar os trabalhadores a morrer, não pelo contágio do coronavírus, mas por não ter o que comer, considera que “em alguns casos pode garantir renda, sendo o único senão, que ela não estabelece a garantia da participação dos representantes dos trabalhadores”.
É necessário repudiar veementemente a MP 936/2020 que vai levar os operários ao maior rebaixamento salarial, levando classe trabalhadora à miséria e a fome jamais vista no país.
É necessário garantir a estabilidade dos trabalhadores no emprego, a redução na jornada de trabalho sem redução de seus salários, condições de higiene, com equipamentos de proteção e segurança (EPIs), incluindo álcool gel, luvas, e mascaras.