O trabalhador vem amargando há dois anos com o não fechamento do acordo coletivo de trabalho. Os patrões dos trabalhadores nas indústrias de carne, derivados e do frio no estado de São Paulo, pelo segundo ano seguido resolveram que não iam negociar o reajuste dos trabalhadores, diziam eles, nas negociações, não podemos oferecer mais do que a inflação, no período de 2018/2019, tendo a data base em novembro, houve duas reuniões e, foram oferecidos aos trabalhadores um percentual ínfimo de quatro por cento, uma mixaria baseada em uma inflação totalmente manipulada pelo governo golpista, principalmente, em se tratando do setor de alimentos que reajustou os seus produtos em mais de 14%.
Neste ano, somente no primeiro trimestre, o grupo JBS/Friboi obteve, às custas dos seus trabalhadores, um lucro líquido de 1.092 bilhões, 115,7% maior do que o mesmo período do ano de 2018.
Os operários são obrigados a produzir para os parasitas dos patrões por um salário irrisório, chegando à semiescravidão, nas piores condições possíveis e imagináveis enquanto as contas bancárias desses sanguessugas vêm se avolumando cada vez mais.
Os trabalhadores dos frios e da carne estão, há seis meses sem reajuste, desde quando os patrões decidiram encerrar negociações.
É necessário uma campanha salarial de emergência com as seguintes reivindicações:
– Salário mínimo de R$ 4.000,00, um salário que contemple as necessidades dos trabalhadores e de suas famílias;
– 39,50% de reposição de todas as perdas salariais, desde o governo Fernando Henrique Cardoso;
– 35 horas semanais sem redução nos salários;
– Cesta básica de 45 kg para todos os trabalhadores e
– Convênio médico gratuito para o trabalhador e toda sua família
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio no Estado de São Paulo está organizando, nas portas de fábricas de todas as regiões onde é representante, reuniões e debatendo sobre o assunto e, na sexta-feira (31/05) realizará assembleia com todos os operários dos frios.