Após mais um ano sem a assinatura do acordo coletivo dos trabalhadores nas indústrias de carne e derivados, no Estado de São Paulo, os patrões tiram férias sem que os trabalhadores tenham o reajuste da campanha salarial.
Foram dois anos em que os patrões tentaram impor ao conjunto dos trabalhadores um ínfimo percentual. Neste ano, ofereceram uma esmola de 4%, enquanto reajustaram os seus produtos em mais de 10%, a carne de frango, por exemplo, chegou a aumentar em 25% seu preço ao consumidor.
Neste momento, em que os operários estão trabalhando pesado nos frigoríficos, os patrões estão viajando as custas desses trabalhadores que, em sua maioria ficarão sem com os salários achatados e sem condições de comprar carne para comer neste final de ano.
Não há previsão para novas negociações, porque não há nenhum interesse em negociar com os representantes dos trabalhadores, uma vez que foi informado de que a categoria não quer esmola.
Entre as reivindicações dos trabalhadores dos frios estão: 39,5% de aumento salarial; piso salarial de R$ 4.000,00;
convênio médico gratuito para o trabalhador e seus familiares e cesta básica de 45 kg.
Os trabalhadores já decidiram em assembleia pela imediata negociação e, ainda, de que não adianta virem com quatro por cento, e ameaçam com paralização das atividades até pela reposição das perdas salariais.