No dia 04 de julho, no frigorífico JBS/Friboi, em Barra do Garças, cidade do estado do Mato Grosso, ocorreu um acidente gravíssimo, uma passarela desabou.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a estrutura metálica servia de apoio para uma passarela que estava sendo montada para levar produtos de um saguão para o outro. Tanto a estrutura, quanto a passarela, que estava sendo construída, ruíram. No momento do desabamento, quatro funcionários trabalhavam na obra.
Dois dos feridos foram socorridos por funcionários da JBS/Friboi e outros dois em estado grave, foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados para atendimento hospitalar.
O fornecimento de água e energia elétrica foi suspenso para evitar que a situação se complicasse já que próximo ao local há um encanamento de amônia, gás tóxico que pode causar corrosão das vias respiratórias, podendo levar a morte.
O local foi isolado para o trabalho das equipes técnicas, que já constataram que a estrutura não constava nos projetos e ainda estava em construção.
Esta é mais uma tragédia anunciada, onde estão envolvidos os frigoríficos, que é o setor industrial, com mais acidentes e doenças ocupacionais do Brasil, reconhecido inclusive pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
No setor frigorífico do país, os patrões procuram encobrir, cada vez mais, as situações que mostram suas negligencias quanto ao que se refere a acidentes e doenças relacionadas às condições de trabalho, se negam a fornecer o Comunicado de Acidentes do Trabalho (CAT), ignoram completamente as legislações que dizem respeito à segurança e proteção de seus funcionários, negando o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), etc. Por esse motivo e para economizar, evitando a diminuição do lucro, o aumento do número de catástrofes como a apresentada no Friboi de Barra do Garças é uma constante. Por sorte, os 1.200 trabalhadores da fábrica não estavam próximos, pois os danos poderiam ser ainda maiores.
Há de ressaltar que os dois socorridos pelo Corpo de Bombeiros, apesar de não haver nenhuma informação sobre o estado de saúde desses operários, dá para se ter uma ideia de suas condições, diante do tipo de estrutura com que estavam trabalhando.