Várias organizações e partidos estrangeiros participaram do ato pela liberdade do Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. O ato foi chamado com mote de comemoração dos 70 anos da declaração dos direitos humanos e teve como questão central a defesa da liberdade de Lula que está há mais de 8 meses preso em Curitiba em um processo grotesco de perseguição política.
“O Lula não está sozinho em Curitiba e vocês não estão sozinhos aqui. Estamos juntos para lutar por um homem que está injustamente privado de sua liberdade e pela democracia”, disse um deputado argentino do Parlamento do Mercosul e ex-ministro das relações exteriores do governo Kirchner.
Já o deputado do Partido Comunista de Portugal, João Pimenta, também se posicionou sobre a prisão arbitrária do ex-presidente Lula: “A luta do Brasil hoje é a luta pela justiça e para que não voltemos atrás. A luta de Lula é a nossa luta. O mundo se encontra num momento historicamente difícil e será a nossa luta que vai defender a democracia e a liberdade”.
E a deputada portuguesa Isabel Moreira, do Partido Socialista, disse que “quando um homem enfrenta um processo político, todos estamos encarcerados com ele. E devemos denunciar isso, sob o risco de sermos cúmplices”.
Vários representantes de partidos e movimentos sociais da Europa e da América Latina também estiveram presentes no ato ressaltando a importância internacional da luta que se trava no Brasil pela liberdade de Lula e contra a direita golpista.
O mundo vê com atenção o desenvolvimento da crise brasileira porque o Brasil é um país chave para a dominação do imperialismo norte-americano e europeu na América Latina e em todo mundo. Lula também é uma figura de primeira grandeza internacional e é a expressão política maior do movimento de trabalhadores em nível internacional.
Justamente por sua importância e pela sua liderança sobre os trabalhadores brasileiros e em todo mundo é que Lula é perseguido. A democracia de fachada foi quase completamente abandonada pela burguesia brasileira e estrangeira para dar um golpe sobre o Estado brasileiro e colocar Lula na cadeia. Somente a mobilização popular e operária poderá reverter essa situação.