Da redação – As tensões causadas pela divergência sobre o Brexit entre Boris Johnson e o Parlamento no Reino Unido ganharam novos rumos, nesta quarta-feira (4). O Parlamento britânico votou pela aprovação de um projeto que proíbe o Brexit sem ter um acordo com o bloco da União Europeia para regulamentar o futuro das relações entre eles.
Para Johnson, essa derrota soa como uma guerra declarada pelos deputados que são oposição ao governo do primeiro-ministro britânico. Boris Johnson já havia prometido a saída do Reino Unido da União Europeia até a data limite de 31 de outubro, sem acordo e sem probabilidade de pagar a multa à UE, contudo, o novo capítulo dessa história acaba por complicar os planos de Boris, já que a saída pode ficar para o ano que vem.
O prazo estipulado para fechar um acordo entre o governo britânico e a União Europeia é até 19 de outubro e a previsão de ajustamento dos detalhes do documento deve ser finalizado até segunda-feira (9), que é quando o Parlamento será suspenso.
Essa manobra fará com que Boris Johnson acabe por pedir novas eleições para 15 de outubro, por mais que isso não estivesse em seus planos, Johnson afirma: “Isso aprovado [extensão do prazo], entregaria o domínio das negociações à União Europeia e isso significa mais atraso e mais confusão. Eu não quero uma eleição, o povo não quer uma eleição e eu acredito que o cavalheiro [Jeremy Corbyn] não quer uma eleição, mas se a Casa votar por essa emenda amanhã o povo terá que decidir quem vai a Bruxelas em 17 de outubro para resolver isso e levar esse país adiante”.