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Parece piada: General ministro garante que militares estão fora da política

“As Forças estão afastadas da política. O representante político das Forças Armadas é o ministro da Defesa”. Foi o que disse Fernando Azevedo e Silva, general do exército, atual assessor do presidente do STF e indicado por Bolsonaro para ser o próximo ministro da Defesa. Ele, que foi colega de Bolsonaro na Academia Militar, ambos paraquedistas, é apresentado pela imprensa golpista como a ala moderada dos militares.

A declaração proferida logo depois da nomeação é no mínimo cínica e com tons de deboche. Talvez uma auto ironia involuntária.  Os militares estão em todas as esferas políticas do atual regime golpista: Executivo, Judiciário e Legislativo. Com a entrada do próximo governo, essa invasão fardada só tende a aumentar.

Antes de Azevedo e Silva quem estava sendo indicado para o Ministério era Augusto Heleno, também general do exército, porém este foi deslocado para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), atualmente comandado por Sérgio Etchegoyen. Seja um ou outro, os dois seriam sucessores de Joaquim Silva e Luna, outro militar no executivo. Silva e Luna foi indicado por Temer em fevereiro deste ano e foi o primeiro a quebrar uma sequência de civis no cargo desde a ditadura militar.

O general do exército atualmente tutela o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) de perto, basicamente no cangote. Lhe diz quando agir e quando não agir. Foi após sua “indicação” que Dias Toffoli, após dias em silêncio, se pronunciou sobre a ameaça proferida por Eduardo Bolsonaro ao STF, quando disse que bastaria para fechar o tribunal um cabo e um soldado. Antes de assumir o papel de assessor, os militares faziam a tutela por ameaças em redes sociais, como o tuíte do General Vilas Boas nas vésperas da votação do habeas corpus de Lula, lido em rede nacional por William Bonner na mesma hora que lançado, uma jogada sincronizada entre a Rede Globo e os militares.

Os militares estão tão penetrados no regime político que o vice de Jair Bolsonaro, capitão do exército, é o General Hamilton Mourão, o mesmo sujeito que falou em possibilidade de golpe militar no ano passado, e agora fala em autogolpe e aproximações sucessivas.

A nomeação deixou uma ala das Forças Armadas descontentes. A Marinha e a Aeronáutica reclamaram do fato de ser mais um membro do Exército, e querem sua parte no regime que está por vir.

O Golpe foi muito bem orquestrado e acompanhado pelos militares, que já na época do impeachment sabiam precisamente quantos deputados votariam a favor, ou seja, tinham os votos garantidos. É fato bem sabido que não se faz Golpe de Estado sem apoio dos militares, e estamos tendo uma comprovação prática deste axioma político desde de que Temer nomeou Sergio Etchegoyen para ministro do GSI.  As Intervenções Federais do Exército no Rio de Janeiro, Estado que decretou calamidade em 2017, e no Rio Grande do Norte também são comprovações do cinismo proferido por Fernando Azevedo e Silva, além da própria eleição fraudulenta de dezenas de militares, policiais e agentes de segurança para o Congresso e Assembleias Legislativas estaduais.

Um golpe militar está no horizonte. O governo Bolsonaro é muito instável e não era exatamente o que a burguesia imperialista planejava por ser muito incendiário e caótico. Quando for preciso os militares não mais precisarão disfarçar que são os verdeiros pilotos do País.

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