Em benefício dos capitalistas do transporte público de São Paulo, os governos psdebistas da capital e do Estado, respectivamente Bruno Covas e João Dória levam a frente uma política consciente de expor os trabalhadores dos transportes e os usuários à contaminação pelo coronavírus. O que importa é o funcionamento da economia, o lucro dos capitalistas, seus cofres muito bem protegidos.
Nesta última semana no transporte rodoviário de acordo com informações divulgadas pelo Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo)pelo menos 40 trabalhadores do sistema de ônibus da capital paulista podem ter morrido por Covid-19. Nove mortes já foram confirmadas e outras 31 estão sendo investigadas como sendo causadas pela doença.
Outra categoria também muito afetada é a dos metroviários paulistas. Segundo levantamento feito sindicato dos metroviários através de comissão de trabalhadores organizados para este fim, já são 282 trabalhadores afastadas pela doença, entre eles tem casos confirmados, suspeitos, sendo cinco óbitos e outros que se isolaram porque tiveram contato com pessoas contaminadas, fora os terceirizados e as subnotificações.
O sindicato da categoria denuncia que a a empresa está se nega completamente a fazer testagem em massa, além de sequer prover soluções para a alimentação dos trabalhadores que são obrigados a se aglomerar no refeitório do metrô, que não tem uma janela sequer. O governo não leva em consideração o perigo do contágio num local com muita movimentação, lotado e com estruturas muitas vezes sem janela e sem condições de manter o isolamento social, os EPIs são outro problema é necessária muita briga para a manutenção razoável dos equipamentos de proteção.
Para aumentar o fluxo de caixa dos capitalistas, a empresa anunciou o retorno obrigatório dos trabalhadores e trabalhadoras com mais de 60 anos e que são do grupo de risco, mesmo que não tenha outras doenças.
De acordo com dados levantados pela comissão de trabalhadores da categoria a contaminação dos trabalhadores estava com o seguinte número até o último dia 17/06:
– Confirmados por exame ou clinicamente: 123
– Suspeitos com sintomas: 76
– Afastados por ter tido contato com outro contaminado: 83
– 1 óbito confirmado de metroviário na ativa
– 4 óbitos de metroviários que já estavam afastados
– Não há registro da situação das linhas 4 e 5, que são privatizadas.
Total de 282 afastamentos
– Trabalhadores terceirizados (contém subnotificação)
– 12 casos confirmados
– 12 suspeitos
É necessário defender a unidade dos trabalhadores dos transportes para parar os transportes e defender a vida dos trabalhadores e da população. Exigindo a radical ampliação da frota nos transportes, a limitação do número de passageiros e o distanciamento dos passageiros em cada veículo do transporte rodoviário ou composição do metrô, a higienização a cada viagem dos equipamentos. Para isso é necessária a imediata convocação de assembleias das categorias que deliberem pela greve dos trabalhadores por tempo indeterminado enquanto não forem atendidas todas as reivindicações da categoria.
