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Polícia assassina!

Paraisópolis: mais um massacre do povo pobre e negro

É preciso lutar pela dissolução da PM, máquina de massacre do povo.

Mais um massacre sobre a população pobre e negra da periferia brasileira. Essa é a tradução mais objetiva dos crimes cometidos pela Polícia Militar de São Paulo na noite do último sábado (30/11) no bairro de Paraisópolis, zona sul da capital.

Em mais uma ação de pura violência da polícia, que compete com a do Rio de Janeiro pelo título de quem mata mais pobre, as informações de moradores e das pessoas que estavam no local são de que a polícia simplesmente chegou para acabar com o baile funk da Dz7. Na rua aonde ocorria a festa não tinha só o baile, havia outros bares tocando outros estilos musicais como forró, pagode e, principalmente, muita gente na rua. Quem conhece festas em comunidades sabe que o principal espaço de diversão é a rua, aonde basta reunir os amigos e um som pra acontecer a festa. É neste cenário que a polícia militar alega ter chegado em perseguição a criminosos que estavam em uma moto e atiram na polícia antes de entrar pelo baile, utilizando os presentes como escudo. Versão que não possui sustentação e é contestada.

Quem estava no local informa que, na verdade, a polícia chegou com uma estratégia montada para acabar com a festa e encurralar aqueles que deixavam o baile nas vielas próximas. Contam ainda que a polícia utilizou gás de pimenta e lacrimogênio contra o público. Em diversos vídeos publicados na internet e nas redes sociais é possível ver os policiais encurralando as pessoas, batendo pelas costas naqueles que tentavam fugir da violência.

Após os diversos espancamentos surgiu nesta segunda (02/12) a informação de que os chamados de emergência à rede do SAMU (Serviço Atendimento Móvel de Urgência) foram cancelados pelo Corpo de Bombeiros, pois lhes foi informado que o atendimento estava sendo feito pela PM. O que provavelmente foi uma ação combinada com os comandantes da ação no bairro.

Resultado da ação, foram 9 (nove) mortos e 12 (doze) feridos, todos jovens negros e trabalhadores. Inicialmente a mídia burguesa correu para noticiar que as mortes tinham sido causadas por pelo tumulto, tendo as vitimas sido pisoteadas. Uma conclusão que aparentemente isentaria de responsabilidade a PM. Mas, a quantidade de informação, vídeos e fotos divulgadas na internet nos últimos dias, deixa claro que as mortes não só são de total responsabilidade da polícia, como também foram crimes bárbaros e premeditados.

O conjunto de informações que se tem até o momento não deixam dúvidas. É preciso deixar claro que a polícia militar do PSDB tem um histórico de extrema violência contra as comunidades e moradores de rua. Estes são seus alvos preferenciais. Diversos moradores de Paraisópolis relataram que as agressões contra moradores são uma constante. Porém, a ação no baile foi ainda pior, pois havia muita gente que não morava ali, somente foi participar da festa. Assim, quando se deparam com as agressões da polícia correram para locais sem saída.

Moradores, relatam ainda que não houve a presença de peritos legistas, o que integra mais uma característica da PM, a manipulação das cenas de crimes.

Os jovens mortos são todos negros, trabalhadores e/ou estudantes e foram brutalmente assassinados por pura crueldade dessa verdadeira milícia fascista que é a Polícia Militar, simplesmente por estarem se divertindo, estarem numa festa.

POLÍCIA INIMIGA DO POVO

Esse é mais um massacre que entra na conta do Estado brasileiro, tomado pelas forças golpistas e fascistas, e que utiliza com cada vez mais violência o braço armado da polícia. As chacinas cometidas são cada vez mais frequentes, seja em presídios como no histórico massacre do Carandirú ou diretamente nas ruas das comunidades. O endereço muda, mas o alvo não. O alvo é sempre o povo pobre, negro, trabalhador e periférico. Não há exceção. Como a comunidade bem diz, com o “playboy” do Morumbi o tratamento é diferente. Na verdade, a polícia só vai na área nobre pra tirar o preto de lá, como já foi cantado em tatos raps. Simplesmente, não existe esse tipo de violência policial nas áreas nobres e bairros de classe média, o que, obviamente não quer dizer que não haja crimes. Há, mas o tratamento é outro.

Assim, a população das comunidades devem se organizar e lutar contra a violência indiscriminada da PM e o melhor caminho é lutar pela dissolução dessa polícia assassina. Lutar pela formação de uma milícia popular que garanta a tranquilidade e bem estar da comunidade que é habitada essencialmente por trabalhadores.

 

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