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Dissolução da PM

Paraisópolis: extrema-direita comemora chacina nas redes sociais

A esquerda e os explorados devem se valer da polarização política para acentuar a luta pela dissolução desse excremento social que é a polícia militar

Fascismo! Não há outro qualificação para a ação policial que resultou em 9 mortes em Paraisópolis, na madrugada de 1 de dezembro. 

É fascismo, também, a comemoração que os policiais e seus seguidores promoveram nas redes sociais nos dias que se seguiram à chacina. De acordo com reportagem publicada no sítio Ponte, policiais militares e seus seguidores de extrema-direita fazem campanha aberta de repressão aos “pancadões”, como são chamados os bailes fanks. Em um dos perfis, no Instagram, do 1º tenente Bruno Evilásio Mattos, aparece empunhando uma arma, tem a seguinte pergunta: “VOCÊ APOIA A POLÍCIA MILITAR ACABAR COM PANCADÃO USANDO LACRIMOGÊNEO, GRANADAS E ELASTÔMERO (BALA DE BORRACHA) ???”. E como alternativa: “SE SIM, CLIQUE 2X”. Um outro grupo, Polícia Militar – PMESP, postou uma mensagem com uma foto da Força Tática – grupo da PM responsável pelo massacre, no domingo – e em tom de zombaria dizia que o “TATICÃO” estaria presente no próximo baile funk.

Ao contrário da dissimulação da burguesia e mesmo do que um setor da esquerda procura apresentar, os assassinatos, a repressão, o assédio fascista com que a polícia trata os explorados do País e ainda mais as periferias das grandes cidades não é de responsabilidade de uma suposta “banda podre”, mas é inerente a própria corporação. O 1º tenente Mattos, acima mencionado, ministra palestras para aspirantes a policiais como no CCP (Cursos Para Polícia) e no QG Concursos e yotuber, teria 80 mil seguidores, e defende publicamente a política fascista da corporação. 

O fascismo, também, é uma prática de quem manda. O governador do Estado João Dória é um notório defensor da repressão absoluta por parte das forças repressivas. Uma das predileções do então prefeito Dória era de autorizar jatos de água gelada sobre os moradores de rua de São Paulo nas noites frias do inverno. Ou ainda, como faz agora, defender na maior cara de pau a ação fascista da PM. Bolsodória, como é mais conhecido, é um defensor ferrenho do excludente de ilicitude, o direito de matar por parte da polícia que o não menos fascista ministro Sérgio Moro quer implantar.

Os bolsonaros, os witzels, os dórias da vida não deixam nada a dever aos hitlers e mussolinis do passado. É na simbiose entre esses elementos e as polícias militares que se alimenta o fascismo no Brasil. Na definição marxista, a PM é o principal segmento do lupemproletariado. Aquele setor que saído do proletariado rompeu com sua classe e se transformou em um instrumento abjeto de dominação da classe inimiga.

É por isso que comemoram o massacre de 9 jovens. É por isso que o deputado capitão Conte Lopes declarou, sem a menor cerimônia, em discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo que “O que aconteceu no último domingo estava previsto e vai acontecer novamente. Não houve chacina. Que chacina? Houve um pisoteamento de pessoas. E vai acontecer de novo”. 

Os 9 jovens mortos em Paraisópolis, as 6 crianças assassinadas neste ano nos morros e favelas do Rio de Janeiro, por balas “perdidas” da polícia, as periferias das grandes cidades e o extermínio sistemático de negros e pobres por parte da polícia, os quase 60 presidiários assassinados em Altamira no Pará por uma facção rival mancomunada com a polícia, os trabalhadores sem terra e indígenas assassinados pela polícia e por jagunços, mas também os movimentos sociais da cidade, em um momento em que se avizinha grandes manifestações a exemplo do que já ocorre em outros países latino-americanos, todos, sem exceção, são alvos da polícia militar e dos grupo paramilitares fascistas. 

Nesse luta não existe meio termo. Defender a dissolução desse corpo permanente de repressão e assassinato e o direito a autodefesa da população são as únicas saídas progressistas nas condições atuais.

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