Nos Estados Unidos, tratando-se do principal país do grupo imperialista, é possível enxergar com clareza a falência e as contradições do capitalismo. No país mais desenvolvido industrialmente, ponta de lança no desenvolvimento tecnológico, temos uma situação muito pior do que os atrasadíssimos – do ponto de vista econômico – países Cuba e Venezuela, ou mesmo outros exemplos como Vietnã e China.
Tanto no que diz respeito aos infectados quanto ao desemprego, duas crises inicialmente distintas mas que se transformaram em verdadeira quimeras, a situação norte-americana é verdadeiramente catastrófica.
Se for analisado somente o desemprego, será possível confirmar que as previsões catastróficas não parecem tão longe da realidade, e muitas delas já se mostraram cenários otimistas. O número de pessoas desempregadas já rodeia o marco de 50 milhões.
Os dados são analisados semanalmente, e embora o número de pessoas a entrarem com o pedido de auxílio tenha diminuído, ainda está muito superior às expectativas. Na última semana analisada, que terminou no sábado (9), teve-se o número assustador de 2,981 milhões de pedidos.
Os especialistas apontam que o pior mês teria sido abril, quando 22 milhões de pessoas buscaram o auxílio.
Até agora, somando março, abril e a primeira semana de maio temos 36,5 milhões de pessoas que buscaram o auxílio. Temos também outros 14 milhões que não conseguiram requisitar por causa de problemas operacionais de sistema em computadores e celulares.
Temos então um número assustador de 50,5 milhões de desempregados, isso segundo os dados oficiais. Não seria errado estimar um número superior a isso, visto que em todos os países do mundo há uma enorme dificuldade em quantificar esse número, pois muitas pessoas sequer tem acesso a internet, e já desistiram de requisitar o auxílio, ou nem mesmo tentaram.
O trabalhador norte-americano sequer tem leis trabalhistas que o defendem e garantem seu emprego, por isso o impacto tem sido tão forte. Empresas demitem um grande número de pessoas, ou até mesmo fecham as portas deixando os trabalhadores totalmente desamparados.
Ao passo que a crise do vírus permanece, os estados do EUA começam a parar com a quarentena na tentativa de segurar a crise econômica, sem considerar minimamente que o país lidera o número de mortes com 90 mil pessoas registradas por morte de covid-19.
Fica nítido que a burguesia norte-americana está fazendo um malabarismo com a crise econômica e do vírus corona para garantir seus interesses, demonstrando que não há a menor preocupação com a classe trabalhadores e a população em geral.