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Povo exige renúncia

Paraguai tem 3° dia de protestos pedindo saída de presidente

Povo paraguaio perdeu a paciência com inação dos governantes

A partir da última sexta-feira (05/03) a capital do Paraguai, Assunção, foi sacudida por violentas manifestações de protestos que duraram até o domingo. Os manifestantes foram às ruas motivados pela má gestão do governo com relação à pandemia da COVID-19 e pediam a renúncia de Mario Abdo Benítez e de Hugo Velázquez, respectivamente, presidente e vice-presidente do país. As manifestações ocorreram próximo à sede do governo e do Partido Colorado.

As manifestações tiveram início na noite de sexta-feira quando milhares de pessoas saíram às ruas de Assunção em protesto contra o gerenciamento da pandemia e a consequente crise econômica que se instalou no país. A manifestação foi reprimida com violência pela polícia e o resultado foi a morte de uma pessoa e vários feridos. No sábado os protestos se repetiram. Em resposta, o presidente pediu a renúncia de todo o seu gabinete. O Ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, já havia renunciado ao cargo na sexta-feira. Contudo, a renúncia dos ministros aos seus cargos não acalmou o ânimo da população que no domingo retornou às ruas e lá permaneceu até a madrugada do dia seguinte. Oito pessoas foram detidas então. O presidente tem sido criticado por tentar mostrar preocupação com as reivindicações populares, mas fazer vistas grossas à violência policial. A renúncia do presidente tem sido exigida por diversos partidos da oposição. Carlos Filizzola, presidente da Frente Guasu, declarou: “Conclamamos os cidadãos a permanecer protestando. O Presidente Mario Abdo e seu vice-presidente Hugo Velasquez devem deixar os cargos pelo impeachment, por renúncia, ou pela mobilização e pressão dos cidadãos”. As respostas do governo quanto à questão específica de combate à pandemia têm sido vagas. Ele anunciou que um carregamento de 20.000 vacinas fabricadas na China, vindas do Chile chegariam nos próximos dias. Em declaração anterior o presidente havia afirmado que um milhão de doses da vacina Sputnik V chegariam nos próximos meses.

A população do Paraguai é de 7,1 milhões de pessoas. Já foi uma das maiores economias da América do Sul, altamente industrializada, mas o país foi literalmente arrasado pela guerra movida pela Argentina e o Uruguai tendo à frente o Brasil, todos agindo juntos por procuração da Grã-Bretanha. Metade da população do país pereceu e a economia jamais se recuperou. A taxa de desemprego em 2020 foi de 6,97% (dados do FMI), a subnutrição atinge cerca 11% da população, a taxa de mortalidade infantil é 31/1000 e o país possui o segundo pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da América do Sul, apresentando média de 0,640 (dados de 2010). O número de vacinas contra a COVID-19 aplicadas por 100 habitantes é de 0,01 (no Brasil é de 4,78).

Pelo que se conclui das notícias vindas do Paraguai os trabalhadores daquele país não acreditam que haverá mudanças na política governamental se se limitarem a ficar dentro de casa trocando mensagens pelas redes sociais e aguardando que alguém faça alguma coisa. Também os partidos políticos de oposição estão ativos não só no ambiente legislativo exigindo o afastamento do chefe de governo, mas também convocando a população a sair às ruas. Em contraste, no Brasil é frequente ouvir-se que nada pode ser feito porque precisamos ficar dentro de casa. É preciso que a oposição de esquerda brasileira deixe o conforto das redes sociais que são inócuas no que tange a mudanças concretas e convocar a população às ruas para que estas exijam a derrubada do governo genocida que está exterminando o povo brasileiro.

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