Segundo análise do doutor em direito internacional Hugo Ruíz Díaz, noticiada pelo sítio Sputnik Brasil, o governo de extrema-direita paraguaio está entregando a segurança pública do país ao imperialismo norte-americano. Essa entrega vem sendo feita através de uma campanha falsa de combate ao narcotráfico, ao terrorismo e à lavagem de dinheiro.
Em 21 de setembro, o governo paraguaio declarou emergência penitenciária e colocou membros das Forças Armadas para vigiar todas as prisões do país. Inclusive, foram mobilizados seis tanques para ficarem de prontidão na frente de diferentes presídios.
Além disso, os golpistas do Paraguai pretendem criar uma reforma constitucional que entrega às Forças Armadas parte das atribuições da polícia no que diz respeito à segurança pública do país. A justificativa seria a luta contra o narcotráfico.
Segundo Ruíz Diaz, a relação com os EUA se dá pelo fato de que o país norte-americano é o principal responsável pela formação das Forças Armadas paraguaias.
“Existem acordos concretos com os EUA e a formação das Forças Armadas está nas mãos daquele país […] Temos militares controlando as penitenciárias e controlando os cidadãos nas ruas”
A interpretação do especialista é que o interesse dos EUA em colocar as tropas paraguaias nas ruas é no sentido de preparar o país para uma eventual guerra com a Venezuela. O presidente Abdo Benítez já havia votado a favor de invocar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) contra a Venezuela, o que mostra que ele também participa da articulação dos países fantoches do imperialismo contra a nação bolivariana.
O Paraguai foi um dos primeiros países do continente sul-americano a sofrer um golpe de estado nos moldes do que foi dado aqui no Brasil. Além dele, também sofreram a intervenção imperialista o Equador, a Argentina e outros.
Agora, quem está na mira dos conspiradores é a Venezuela que oferece uma maior resistência, devido à organização da sua população, que está com armas nas mãos disposta a defender a soberania do País.
A militarização crescente do Paraguai vai no sentido de aumentar o poder de fogo do imperialismo para a intervenção iminente na Venezuela, além de aumentar a repressão contra a própria população paraguaia, insatisfeita com o governo ilegítimo. É preciso denunciar a articulação golpista do imperialismo na América Latina e defender os países e povos latino-americanos que lutam contra a opressão do imperialismo.