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O país pega fogo

Paraguai: do massacre de Curuguaty ao massacre da pandemia

Os paraguaios se levantaram contra o massacre do governo golpista na pandemia

Desde o início do mês de março pudemos acompanhar uma intensa explosão social que vem desestabilizando o regime político no Paraguai. No dia 05 de março, uma sexta-feira, se iniciaram os primeiros protestos na cidade de Assunção, capital do Paraguai. A gota d’água que levou a tal explosão social foi a política genocida do governo de Mario Abdo Benítez, do direitista Partido Colorado, diante da pandemia do novo coronavírus. 

No momento em que essas manifestações começaram, o País contava 3.200 vítimas fatais e agora há mais de 3.800 mortos. Diante dessa situação caótica, o povo paraguaio saiu às ruas e sua reivindicação é, nada menos do que a queda do governo golpista de Mario Abdo Benítez. Tais números podem não parecer tão assustadores à primeira vista para um brasileiro, afinal, no nosso território nacional mais de 3.000 pessoas morrem em um único dia. Entretanto, não devemos cometer o erro de nos basear apenas nesses números: é preciso lembrar que o Paraguai é um País muito menor e com uma população também muito menor do que a do Brasil.

A pandemia no Paraguai

Para termos ideia da diferença entre o Paraguai e o Brasil, segundo as estatísticas do Banco Mundial, o Paraguai era habitado por 6,956 milhões de pessoas no ano de 2018, enquanto estima-se que o Brasil tenha 209,5 milhões de habitantes.

Essa comparação é importante para que seja possível ter uma dimensão do desastre sanitário. Se compararmos apenas o número de mortos pelo covid-19 em ambos os países, teremos uma ideia equivocada, visto que 3.800 óbitos tendem a parecer pouca coisa quando por aqui já ultrapassamos a marca de 300.000.

Outra estatística importante para que se faça uma análise séria é que, se no Brasil são aplicados 133 mil testes por milhão de habitantes – e sabemos que esse número é insignificante -, no Paraguai são aplicados 111 mil testes por milhão. Sabe-se que a testagem é um dos fatores fundamentais para o controle da pandemia, afinal, se a população é testada é possível ter conhecimento daqueles que estão infectados pelo vírus, que por sua vez poderão ser isolados, evitando que um número maior de pessoas sejam infectadas. A ausência da testagem tem, como consequência inevitável, a subnotificação dos casos.

Outra comparação a ser feita se refere ao problema da vacinação contra a Covid-19. Se o que ocorre no Brasil é algo vergonhoso (até agora nem 2% da população brasileira recebeu as duas doses), o que ocorre no Paraguai é difícil de ser classificado. Lá a vacinação só começou no dia 22 de março. E, diga-se de passagem, só começou por causa das mobilizações.

Assim como em diversos estados brasileiros, a saúde do Paraguai entrou em colapso. No dia 9 de março, momento em que o povo já estava nas ruas pedindo o “Fora Mario Abdo Benítez” devido à situação caótica causada pela completa ausência de uma política séria de controle à pandemia, o Ministério da Saúde alertou que ocorreria o colapso do sistema sanitário, o que veio a ocorrer nos últimos dias. No dia 22 foi anunciado que todos os 665 leitos de UTI disponíveis no país estavam ocupados, sendo incontornável admitir que o sistema havia entrado em colapso. 

Já nos dois primeiros dias de protesto, os manifestantes (embora naquele momento fossem apenas algumas centenas nas ruas), entraram em choque com a polícia e, diante disso, caíram vários ministros, entre eles o ministro da saúde, Júlio Mazzeoli. O fato de que dois dias de manifestação, que ainda não eram tão grandes, foram suficientes para que vários membros do governo caíssem é algo que mostra a fragilidade do regime político no Paraguai. A crise sanitária certamente foi um ingrediente importante para colocar em evidência tal fragilidade, mas, como já afirmamos, a questão da política desastrosa da direita diante da pandemia foi a gota d’água que provocou o início dessas mobilizações, o que significa que, embora tenha sido um fator decisivo, não foi o único.

Assim, é preciso fazer uma análise do regime político paraguaio, as forças em jogo, para entendermos o que se passa no país, levando em consideração muito mais coisas do que apenas a pandemia.

A economia e o regime político paraguaios

Embora o Brasil não seja nenhum exemplo de Estado democrático de direito, não é difícil chegar à conclusão de que o regime paraguaio é ainda mais antidemocrático. Uma breve pesquisa sobre os presidentes que o país já teve ao longo de sua história mostra que se trata praticamente de um regime de bipartidarismo, pois, ainda que outros partidos existam, desde 25 de novembro de 1886 (data do início do governo de Patricio Escobar) apenas dois partidos direitistas se alternam na presidência da República: o Partido Colorado e o Partido Liberal. 

“Alto lá”, poderia alguém dizer, “nesse meio tempo também houve presidentes que não eram filiados a nenhum partido”. É verdade. Fora esses dois partidos, houve também presidentes militares. De 17 de fevereiro de 1936 a 13 de agosto de 1937 Rafael de la Cruz Franco Ojeda foi presidente. Ojeda assumiu o cargo por meio de um golpe de Estado e também foi destituído por um golpe. Higinio Morínigo Martínez foi presidente provisório e depois constitucional do Paraguai desde 7 de setembro de 1940 até 3 de junho de 1948, instituindo um regime autoritário que foi enfrentado por várias revoltas estudantis e resultou numa guerra civil em 1947.

Não se pode esquecer também da ditadura militar de Alfredo Stroessner Matiauda (idolatrado pelo fascista Bolsonaro), do Partido Colorado, que começou em 15 de agosto de 1954 e foi derrubada por uma insurreição militar em 3 de fevereiro de 1989. Foram quase trinta e cinco anos (mais tempo do que a ditadura militar brasileira) de uma ditadura sanguinária na qual foram assassinadas, torturadas ou desapareceram incontáveis pessoas. Em números conservadores, ao todo, durante seu regime, 336 pessoas foram assassinadas, 9.862 foram presas de forma arbitrária, 18.772 foram torturadas e 3.470 foram forçadas a se exilarem.

Stroessner era um fascista tão declarado que na época de sua ditadura uma das principais avenidas de Assunção se chamava Generalíssimo Francisco Franco, em homenagem ao fascista espanhol. Não bastasse isso, há inúmeros relatos que apontam para o fato de que havia várias casas onde as meninas sequestradas das áreas rurais eram trazidas e mantidas em haréns, à disposição do ditador e de vários líderes do stronismo. O ditador dizia preferir as meninas mais novas, pois elas teriam “ossos mais moles”.

Para termos ideia de como Stroessner governava, sabe-se que, durante a ditadura, 60% das verbas do governo iam para as Forças Armadas, enquanto outras áreas, como saúde e educação, ficavam com migalhas.

Não é possível enumerar todos os crimes cometidos pelo regime stronista, pois é muito extensa. Mas importa saber que, embora Stroessner tenha caído em 1989, em vários aspectos o regime continua sendo uma ditadura contra o povo paraguaio.

Talvez o leitor esteja se perguntando: e a esquerda paraguaia? Trata-se de uma esquerda completamente atrelada ao regime. Fora os governos do Partido Liberal, do Partido Colorado e os governos de militares, a esquerda esteve no governo uma vez, no governo de Fernando Armindo Lugo de Méndez, ex-bispo católico, que foi eleito em 2008 pela Aliança Patriótica, em uma frente ampla chamada Frente Iguaçu, e foi deposto por um golpe de Estado em 2012.

Fernando Lugo foi deposto de forma ainda mais escandalosa do que no caso do golpe que derrubou a presidenta Dilma. Foi realizado um impeachment relâmpago. O processo, que durou pouco mais de vinte e quatro horas, foi iniciado no dia 20 de junho de 2012, a pedido de um deputado do Partido Colorado, motivado por um confronto entre policiais e camponeses durante a reintegração de posse de uma fazenda em Curuguaty. Confronto não é a palavra adequada. O que ocorreu foi um massacre realizado pela polícia em conjunto com milícias de latifundiários. Foram 300 policiais contra 60 camponeses. Dezessete foram assassinados e oitenta ficaram feridos. Não há dúvidas de que o golpe foi orquestrado por latifundiários, até porque as terras onde o massacre ocorreu eram de um ex-presidente do Partido Colorado. É de impressionar o cinismo da direita ao colocar a culpa do massacre no moderado Fernando Lugo e utilizar isso como pretexto para o golpe. Talvez tenha sido a primeira vez na história que latifundiários se compadeceram pela morte de camponeses.

Embora Lugo tenha denunciado que o que ocorreu foi um golpe de Estado, praticamente não houve reação de nenhum setor da esquerda contra o golpe, dando, assim, uma demonstração inequívoca de seu alto nível de adaptação ao regime. Logo em seguida assumiu o vice-presidente Federico Franco, do Partido Liberal e, no momento, o governo de Mario Abdo Benítez, do Partido Colorado, representa a continuidade do golpe, aplicando disciplinadamente o programa neoliberal imposto aos países atrasados pelo imperialismo. Escritas essas palavras podemos considerar que foi apresentado um panorama suficiente para compreender minimamente o caráter do regime político paraguaio. 

Cabe agora perguntar: o que explica tamanho atraso político no país? Para entendermos isso, é preciso recorrer à economia. Nesse sentido, um dado da máxima importância é que se trata de um país no qual 50% do Produto Interno Bruto (PIB) vem da agricultura e 90% de tudo o que o país exporta é da agricultura. Em outras palavras: o Paraguai é um grande latifúndio e praticamente não tem indústria.

Podemos enumerar alguns fatores que contribuíram para esse atraso. Um deles diz respeito à geografia: o país não tem acesso ao mar. Mas além de fatores como esse, há também a ação contínua de sabotagem por parte do imperialismo. Em alguns momentos da história houve governos que tentaram fazer com que o país saísse dessa situação ou que pelo menos se desenvolvesse um pouco mais, mas todas essas iniciativas encontraram pela frente uma intensa reação.

Em meados do século XIX, houve o governo Solano López, que tentou colocar em prática uma política protecionista, que impedia a navegação de navios britânicos na bacia do Chaco. Além disso, ele tentou realizar um processo de industrialização. Entretanto, o imperialismo britânico não aceitou isso e provocou o início de uma guerra, que foi a famosa Guerra do Paraguai, na qual o Brasil foi utilizado para os interesses dos britânicos. Nessa época o capitalismo monopolista ainda não havia se consolidado (isso ocorreria em 1900, segundo Lênin), mas já começava a colocar suas garras para fora. Na Guerra do Paraguai, que durou de 1864 a 1870, 300.000 paraguaios morreram, o que representava cerca de um terço da população do país. Nos anos 1930, petroleiras britânicas provocaram uma guerra entre Paraguai e Bolívia, a Guerra do Chaco, para que pudessem entrar nesses países e vinte anos depois foi imposta a ditadura de Stroessner. Em 2012 outro golpe derruba um governo de esquerda nacionalista, embora muito moderada. Toda essa ação por parte do imperialismo constitui fator de imenso atraso econômico e social.

Dessa realidade econômica decorre uma importante consequência: se um País não tem indústria, sua burguesia é fraca, mas também a classe operária é fraca e, por tabela, a esquerda é fraca, pois não pode haver uma esquerda forte se o proletariado é enfraquecido. 

Diante disso, que saída pode ter o proletariado paraguaio? A crise atual pode nos dar importantes pistas. Vejamos…

As mobilizações atuais e as perspectivas futuras da classe operária no Paraguai

Como já demonstramos, as mobilizações que explodiram nos últimos dias no Paraguai tiveram como gota d’água a situação caótica produzida pela completa falta de uma política séria de combate à pandemia por parte do governo de Mario Abdo, que é uma espécie de Bolsonaro paraguaio, um fascista de carteirinha, que, por sinal, é filho de um ex-secretário de Stroessner. 

Entretanto, a crise social no país não se produziu simplesmente por causa da pandemia. O atual regime de golpe de Estado foi imposto para que fosse aplicado à risca o plano neoliberal traçado nos países imperialistas. Essa combinação de golpe e pandemia (que, por sinal, também conhecemos no Brasil) vem gerando uma tragédia, não apenas sanitária, mas social. A economia do Paraguai, apenas no ano passado, retrocedeu algo em torno de 7%.

Diante dessa situação de completo caos no país, os trabalhadores paraguaios saíram às ruas contra o governo golpista de Mario Abdo Benítez, passando por cima das direções das organizações de esquerda, que não lutaram contra o golpe de Estado e continuam a não lutar. As manifestações não começaram tão grandes, eram algumas centenas de manifestantes em Assunção, que foram até o congresso e se depararam com uma intensa repressão. Apenas essa manifestação foi suficiente para fazer o governo balançar e logo em seguida, no primeiro e segundo dia de manifestações, o ministro da saúde renunciou e outros três ministros também caíram. Isso é um indício da fragilidade do governo golpista.

Além de derrubar parte do governo, a mobilização também foi capaz de fazer com que o governo anunciasse a compra de 1 milhão de vacinas. Antes eles haviam anunciado apenas 4.000.

No dia 17 de março, a oposição parlamentar paraguaia protocolou um pedido de impeachment contra o presidente Mario Abdo Benítez, sob a pressão dos protestos, que pedem a queda do governo. O processo foi rejeitado no mesmo dia na Câmara, por 42 a 36 votos, o que fez aumentar a revolta da multidão que acompanhava a votação e que tomou as ruas, ateando fogo na sede do Partido Colorado. A sublevação das massas é tamanha que se pode dizer literalmente que o Paraguai pegou fogo.

Já dissemos que a esquerda paraguaia, em grande medida devido ao atraso do país, é fraca e atrelada ao regime. A consequência disso é que ela é praticamente uma nulidade, se considerarmos qual é o papel da esquerda: dirigir, apontar o caminho da luta dos trabalhadores. Se esperaria mais ainda de uma esquerda que se dissesse socialista, comunista e, portanto revolucionária, o que deveria significar que esse setor da esquerda reúne os elementos mais conscientes do proletariado, aqueles que constituem a vanguarda. Entretanto, não é isso o que ocorre.

No dia 6 de março, um dia após o início das manifestações, Partido Comunista Paraguaio (PCP), lançou uma nota intitulada Que se vayan todos y a recuperar lo robado , na qual em nenhum momento menciona que o atual governo é a continuidade do golpe de Estado que derrubou Fernando Lugo. A nota é uma demonstração de uma tendência ao empirismo político, que no máximo é capaz de seguir com atraso a mobilização popular que já começou e que carece de um programa político sólido que forneça as coordenadas políticas para analisar a conjuntura e dirigir o movimento operário e popular (ainda que o movimento da história não esteja sob o controle de nenhum indivíduo ou partido). 

O texto afirma que a palavra de ordem “mais sentida” é “que se vayan todos”, algo próximo de “fora todos” e completa: “todos que estão abusando de seus cargos no governo”, o que está muito aquém do que a mobilização reivindica, que é a queda do governo golpista como um todo e não apenas de um ou outro membro do governo. Se assim fosse, as mobilizações poderiam parar no dia 6, o que não ocorreu. Em seguida, o comunicado diz que “quem subir” (Fernando Lugo, que, apesar de muito moderado, é a principal liderança popular no país? O PCP não responde) deve atender um programa de reivindicações parciais que, diga-se de passagem, é muito limitado até mesmo de um ponto de vista reformista. Por exemplo: em um país que, como já dissemos, é um grande latifúndio, é preciso reivindicar a reforma agrária com expropriação do latifúndio, reivindicação de fundamental importância para o campesinato e para a superação do atraso nacional. No lugar disso, o partido apresenta a tímida reivindicação de “Garantir o direito à terra e à habitação”.

Diante da nulidade da esquerda no país, é de fundamental importância a organização de um verdadeiro partido operário, o que pode ser impulsionado por meio dessa mobilização, que tende a forjar uma nova esquerda paraguaia, mais ligada aos trabalhadores e capaz de dirigir o movimento operário e popular. Isso é de fundamental importância para impulsionar a luta e terá efeitos positivos não apenas no Paraguai, mas internacionalmente também. 

Da nossa parte, a melhor forma de contribuir para a luta dos trabalhadores contra o governo golpista do Paraguai é levar à frente a luta contra o governo golpista de Bolsonaro no Brasil, pois a queda dos golpistas aqui impulsionará a luta contra os golpistas lá.

Fora Bolsonaro, Benítez e todos os golpistas!

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