A ascensão da extrema-direita e a chegada de Jair Bolsonaro à presidência não são fatos isolados. Eles são parte do desenvolvimento do golpe de Estado que teve início com a derrubada da presidenta Dilma Rousseff, através do processo fraudulento do “impeachment”, e o Golpe ainda está em andamento a passos largos.
A burguesia brasileira, alinhada com o imperialismo, está comprometida com a retirada dos direitos sociais, das conquistas dos trabalhadores, das riquezas naturais e do patrimônio econômico nacional, para entrega-los aos grandes capitalistas, banqueiros, especuladores e monopólios em crise, nem que, para isso, tenham que usar a força e reprimir brutalmente a população, impondo graves derrotas e liquidando o movimento operário no Brasil.
Nesse sentido, a esquerda, os movimentos sociais e as organizações populares, não devem pôr a sua esperança nas instituições para que atuem a seu favor, pois elas mesmas estão tomadas pelos golpistas e têm agido sempre em favor dos golpistas. Vide, por exemplo, o Judiciário, o STF, que tem na presidência um personagem que não só é uma marionete dos golpistas, como também é orientado por um militar, cuja instituição está, desde o ano passado, ameaçando o país com um golpe das Forças Armadas.
Por isso, é preciso que todos vão para a 2ª Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe e o Fascismo, que ocorrerá nos dias 8 e 9 de dezembro. Serão momentos em que se reunirão todos os estão dispostos a ir à luta, nos quais serão discutidas as melhores maneiras de como enfrentar e derrotar o golpe de Estado e a extrema-direita bolsonarista. Na ocasião, os setores mais avançados do movimento operário e suas organizações de luta estarão juntos, propondo e colocando em prática métodos de combate aos golpistas que sejam métodos de luta da própria classe operária.
Diferentemente do que os golpistas tentam demonstrar, a extrema-direita, mesmo violenta, agressiva e truculenta, é uma minoria e não tem apoio popular de verdade. Foi o que se demonstrou no ato do MBL no Colégio Pedro II, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ), em que os seus integrantes foram expulsos pela Esquerda, pelos alunos e professores. No entanto, é necessário enfrentá-los e combatê-los.